Mercosul cobra explicações por tratamento europeu a Morales
Os representantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está temporariamente suspenso) cobraram, nesta quinta-feira (4), explicações e pedidos de desculpas dos governos da França, de Portugal, da Espanha e da Itália sobre o veto ao avião do presidente da Bolívia, Evo Morales.
Publicado 04/07/2013 15:01
O bloco regional emitiu comunicado rechaçando o tratamento dispensado a Morales pelos quatro países. Para o Mercosul, fechar o espaço aéreo à aeronave de Morales representou “uma grave ofensa” ao bloco e exige “uma pronta explicação e correspondentes desculpas”.
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Na terça (2), o avião de Morales foi impedido de sobrevoar e aterrissar nos quatro países europeus porque as autoridades locais desconfiavam que o ex-agente norte-americano, Edward Snowden, estava a bordo. Morales, que vinha de uma visita à Rússia, onde participou de reuniões sobre produção e exploração de gás, teve de desviar sua rota e permaneceu mais de 13 horas no aeroporto de Viena, na Áustria.
O comunicado do Mercosul foi divulgado pela Presidência da República do Uruguai, que está no comando do bloco. No texto, os representantes do bloco disseram que a proibição à aeronave de Morales representou “uma grave ofensa”. A nota ressalta que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formada por 12 países, também reagiu ao ato dos europeus com “indignação e profundo rechaço”.
O comunicado acrescenta que a atitude dos países europeus em questão “são incompatíveis com as práticas internacionais, com as normas de boa convivência entre nações soberanas e com o direito internacional”. Para a Unasul “o mais grave” foi risco a segurança a que foi posto o chefe de Estado boliviano e sua comitiva.
Nos Estados Unidos, Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia à espera da concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil, que indicou que não concederá.
Fonte: Agência Brasil