Senadores debatem propostas para uma reforma política
Senadores da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), que se reuniu nesta quarta-feira (26), debateram por cerca de uma hora o momento atual do país de constantes manifestações populares. A reforma política foi um dos temas da reunião.
Publicado 27/06/2013 13:30
Para o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), os partidos são a base do sistema político representativo no Brasil e no mundo nos últimos séculos. “É preciso ter esse cuidado, porque sempre que se atacaram os partidos e que se pediu a retirada dos partidos, deu em ditadura”, alertou o senador.
Para os senadores, a presidente da República, Dilma Rousseff, acertou em interpretar que o principal anseio da população é uma reforma política. Também foi consenso no debate, que seria melhor consultar a população por meio de um referendo, em vez de um plebiscito.
O plebiscito é a convocação dos eleitores do país a aprovar ou rejeitar questões relevantes antes da existência de lei. A população diz se quer ou não que ele seja aprovado. No referendo, os eleitores se manifestam depois que o ato já foi aprovado, para ratificar ou rejeitar a proposta. “Nós já temos as propostas prontas”, afirmou Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), presidente da comissão.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) acredita que as ruas estão apontando o retorno das reformas, como a reforma política, a urbana e a tributária. Segundo a senadora, a reforma política é sempre a pauta central no início dos mandatos dos senadores e depois vai sendo deixada de lado por conta de interesses partidários.
“Sempre quando nos elegemos, estamos imbuídos da ideia de mudanças e de reformas, chegamos aqui no Senado e somos tomados pelo vendaval de medidas provisórias, de pautas outras que vão se criando, e as reformas vão ficando pra lá”, disse a senadora.
Valadares reclamou da quantidade imensa de partidos, o que, em sua opinião, aumenta a carga do Fundo Partidário, sustentado pela população. “É preciso que haja uma contenção. Essa enxurrada de partidos não identifica de forma nenhuma o desejo da população”, afirmou Valadares.
Da Redação em Brasília
Com Agência Senado