Farc pedem para governo cessar repressão contra camponeses

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) instaram nesta sexta-feira (21) o presidente Juan Manuel Santos para deter a brutalidade policial contra camponeses que protestam na região de Catatumbo.

Iván Márquez, líder da delegação guerrilheira que participa na mesa de diálogos de paz em Cuba denunciou os abusos dos Esquadrões Móveis Anti-disturbios (Esmad) “que atacaram camponeses indefesos” e exigiu que a administração que coloque fim para tal situação. 

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Do Palácio de Convenções – sede dos diálogos – as Farc solidarizam-se com os manifestantes, que exigem a criação de zonas de reservas camponesas e a suspensão imediata da erradicação dos cultivos ilícitos.

Márquez falou sobre a convocatória para uma Assembleia Constituinte, uma das iniciativas que fazem parte das 10 propostas mínimas anunciadas pela delegação insurgente que centrarão os debates no segundo ponto da agenda, a participação política.

“Esta assembleia será concebida como um grande acordo político nacional que incluirá os partidos, movimentos sociais e políticos, comunidades indígenas, camponesas e negras, entre outras”, explicou.

Outra das propostas é a respeito da cultura política para a participação, a paz, a reconciliação nacional, direito ao protesto e a mobilização social. A guerrilha insiste que os processos de democratização política “deverão ser acompanhadas de medidas para a transformação estrutural da cultura sobre o assunto”. 

No fim de maio, as delegações chegaram aos primeiros acordos sobre a questão agrária. 

Fonte: Prensa Latina