Farc pedem para governo cessar repressão contra camponeses
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) instaram nesta sexta-feira (21) o presidente Juan Manuel Santos para deter a brutalidade policial contra camponeses que protestam na região de Catatumbo.
Publicado 21/06/2013 11:16
Iván Márquez, líder da delegação guerrilheira que participa na mesa de diálogos de paz em Cuba denunciou os abusos dos Esquadrões Móveis Anti-disturbios (Esmad) “que atacaram camponeses indefesos” e exigiu que a administração que coloque fim para tal situação.
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Do Palácio de Convenções – sede dos diálogos – as Farc solidarizam-se com os manifestantes, que exigem a criação de zonas de reservas camponesas e a suspensão imediata da erradicação dos cultivos ilícitos.
Márquez falou sobre a convocatória para uma Assembleia Constituinte, uma das iniciativas que fazem parte das 10 propostas mínimas anunciadas pela delegação insurgente que centrarão os debates no segundo ponto da agenda, a participação política.
“Esta assembleia será concebida como um grande acordo político nacional que incluirá os partidos, movimentos sociais e políticos, comunidades indígenas, camponesas e negras, entre outras”, explicou.
Outra das propostas é a respeito da cultura política para a participação, a paz, a reconciliação nacional, direito ao protesto e a mobilização social. A guerrilha insiste que os processos de democratização política “deverão ser acompanhadas de medidas para a transformação estrutural da cultura sobre o assunto”.
No fim de maio, as delegações chegaram aos primeiros acordos sobre a questão agrária.
Fonte: Prensa Latina