Cristina critica inconstitucionalidade da reforma judicial
A presidente argentina, Cristina Kirchner, criticou, nesta quinta-feira (20), a decisão da Corte Suprema de Justiça que declarou inconstitucional a lei de reforma do Judiciário e ironizou a possibilidade de concorrer à reeleição: “Em 2015 quero ser juíza, para que presidente? Mas não juíza da Corte, apenas de primeira instância”.
Publicado 21/06/2013 18:18
“Uma juíza federal por aí perdida… ou correcional. Para que, com simplesmente uma caneta, um papel e uma liminar… e o que importa o que as pessoas votaram! O que importa o que os senadores (votaram), se depois derrubo tudo?”, questionou.
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Na quarta-feira (19), a Corte argentina declarou inconstitucional a lei sobre a reforma do Conselho da Magistratura, órgão encarregado de designar e julgar a atuação dos juízes de todo o país. A lei, aprovada recentemente pelo Parlamento (junto com outras seis que, juntas, compõem a reforça da Justiça), elevava de 13 para 19 o número de membros do conselho e estabelecia a eleição dos novos integrantes através do voto popular, iniciativa que, segundo a visão dos principais juristas e de seis dos sete membros da Corte, viola a Constituição do país.
“Nos provocaram alguma dor, mas vamos nos curar, porque temos muitos remédios, muitos farmacêuticos e muitos antibióticos… antes tarde do que nunca os argentinos poderão votar para todos os órgãos políticos da República Argentina”, afirmou Cristina, na noite da última quarta-feira (19).
Com informações de O Globo