Farc apresentam 10 propostas sobre participação política
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc -EP) apresentaram nesta quarta-feira (19) em Havana 10 propostas mínimas para serem discutidas no segundo ponto da agenda -participação política- na mesa de diálogo com o governo de Juan Manuel Santos.
Publicado 19/06/2013 13:03
A guerrilha apresentou as iniciativas com o propósito de avançar para o "necessário e inadiável processo de democratização real do Estado", disse Ricardo Téllez, membro da delegação insurgente nas conversas.
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A primeira proposta apresentada -reestruturação democrática do Estado e reforma política- compreende "a redefinição dos poderes públicos e de suas faculdades, bem como do equilibro entre eles, eliminando o caráter presidencialista do Estado", explicaram as Farc-EP.
Essa reestruturação, segundo propõem, deverá ser acompanhada de uma reforma política e eleitoral que "regule a disputa política em equidade e igualdade de condições".
No segundo tema, sobre as "garantias plenas para o exercício da oposição e o direito a ser governo", a guerrilha exige o reconhecimento de todos os partidos, organizações e movimentos sociais opositores e seu direito a participar da política.
A delegação de paz das Farc apontou que deve ser criado um estatuto que obrigue o governo a cumprir as garantias políticas e de segurança da oposição que sejam acordadas.
A democratização dos meios de comunicação, bem como as garantias plenas às organizações guerrilheiras em rebelião e a seus combatentes para o exercício da política no evento de um Acordo Final são outras das propostas apresentadas.
Também incluíram temas sobre as garantias de participação política e social de comunidades camponesas, indígenas e negras, bem como de outros setores sociais excluídos e a inclusão do critério da população nos processos de integração da região.A convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte é o último ponto da lista.
Téllez também se solidarizou com os camponeses da região de Catatumbo, na Colômbia, que -comentou- são reprimidos por se manifestarem a favor da criação de Zonas de Reservas Camponesas e contra a suspensão da erradicação dos cultivos de coca.
Fonte: Prensa Latina
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