Evo Morales: OEA ainda tem mentalidade colonialista
O Presidente da Bolívia, Evo Morales, ressaltou, mais uma vez, a necessidade de a Organização dos Estados Americanos (OEA) ser democratizada. A declaração do mandatário foi proferida após um dos membros da organização ter se expressado sobre a legalidade de Evo tentar a reeleição presidencial em 2014.
Publicado 18/06/2013 15:45
O presidente boliviano disse que “não é responsabilidade” da OEA e “não são suas atribuições” dizer se a sua eventual postulação para uma segunda reeleição é constitucional ou não.
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O presidente se referiu à declaração do Secretário de assuntos políticos da OEA, Kevin Casas, que respondeu à oposição boliviana sobre o questionamento do direito de o líder indígena concorrer às futuras eleições.
“No interior da OEA, infelizmente, há esta mentalidade colonialista que, certamente, será difícil mudar”, afirmou Evo em uma coletiva de imprensa.
Para Morales, a OEA “é uma instituição intergovernamental, não supranacional” e, portanto, “não tem que impor políticas, sugestões” a nenhum dos seus países membros.
Além disso, acusou o organismo de ter “planejado golpes” no passado contra países “que não compartilhavam os princípios ou políticas” dos Estados Unidos, a tal ponto de ter expulsado Cuba da organização por ser este um país socialista.
O mandatário também ressaltou a necessidade de “fazer transformações profundas, democraticamente” na organização, com a participação de todos os seus membros e que “o governo dos Estados Unidos” se some a este processo.
A polêmica:
A polêmica começou quando Casas afirmou, em uma carta entregue ao ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga, que quando a nova Constituição da Bolívia foi negociada, para facilitar sua aprovação, Morales prometeu não tentar uma segunda reeleição.
O presidente da entidade, Miguel Insulza, no entanto, afirmou que a declaração de Casas não reflete a posição da OEA.
“Lamento que existem diferenças dentro da OEA. Sinto que alguns funcionários ainda estão com essa mentalidade de, impulsionar talvez, o neocolonialismo para apoiar os neoliberais”, completou Morales.
Da Redação do Vermelho,
com informações da Telám