Relator da ONU para Palestina defende-se de Israel e dos EUA
O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Richard Falk afirmou, nesta terça-feira (11), durante uma coletiva de imprensa, que apesar dos esforços de Israel e dos Estados Unidos para destituí-lo, se manterá em seu cargo. “Não pretendo renunciar”, afirmou, informando também que não há indícios de que o Conselho de Direitos Humanos da ONU planeje tirar-lhe do cargo.
Publicado 12/06/2013 14:11
Falk afirmou que Washington e o regime de Tel Aviv usam seus comentários de forma a manipulá-los, para desacreditá-lo. Nesta segunda, durante a apresentação do relatório sobre as condições dos territórios palestinos, o representante da ONU denunciou a opressão de Israel aos palestinos e pediu a criação de uma comissão para indagar sobre a situação dos presos palestinos em cárceres israelenses.
Em reação aos seus comentários sobre terrorismo, a política israelense e os ataques do 11 de Setembro, a representante do Governo dos Estados Unidos ante o Conselho de Direitos Humanos Eileen Chamberlain Donahue, pediu a renúncia de Falk.
O relator disse que "o projeto de dominação global [norte-]americano está fadado a gerar todos os tipos de resistência no mundo pós-colonial", o que meios de comunicação como a sensacionalista emissora estadunidense Fox News, dominada por conceitos neoliberais e belicistas, transmitiram como uma justificativa dos atentados realizados contra os EUA.
Desde 2008, Falk desempenha o papel de relator especial das Nações Unidas sobre os Territórios Palestinos Ocupados, e tem sido por um suposto desvio anti-israelense, acusação feita a todos os que emitem opiniões que condenem as práticas violentas e opressoras do governo de Israel.
Até a data, seus relatórios pró-palestinos provocaram reações agressivas das autoridades e israelenses, estadunidenses e canadenses, entre outras, que justificam a violência de Israel contra os palestinos com a alegação de “autodefesa”, com base no discurso de vitimização do povo israelense.
Com informações da HispanTV