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Renato Rabelo: Força e popularidade de Dilma desesperam a direita

“A força de Dilma desespera a direita”, acentuou Renato Rabelo, presidente do PCdoB, ao falar sobre o acirramento político em curso e os fortes ataques à presidenta Dilma Rousseff, pela direita conservadora e a grande mídia, com o intuito de desacreditar o projeto iniciado em 2002.

Joanne Mota e Toni C, da Rádio Vermelho em São Paulo

Para Renato “cabe ao Partido, bem como às forças que estão comprometidas com as mudanças no país, ficarem em alerta. Precisamos estar prontos para desconstruir os discursos do bloco opositor [direita conservadora e a grande mídia]. O jogo político já está em curso e se acirra a cada semana. Não podemos admitir a volta das políticas neoliberais”.

Campanha desesperada da direita

O presidente do PCdoB acrescenta: “A campanha eleitoral já começou, foi antecipada. E foi antecipada pela oposição. E por que isso ocorre? Ocorre porque esta oposição quer ganhar tempo e projetar seus candidatos. Além disso, essa campanha da direita tem um único propósito: atingir a presidenta Dilma e abrir caminho para trazer de volta o projeto neoliberal de FHC”.

Ao esquadrinhar os argumentos da direita para retornar ao poder, Renato questiona o que eles fizeram de melhor para o Brasil que Dilma e Lula não fizeram. “O bloco opositor quer que o Brasil siga o exemplo da Europa e arranque dos trabalhadores suas conquistas, quando não o seu emprego. Essa é a bandeira de campanha deles. Eles defendem o bônus para eles e o ônus para os trabalhadores. O PCdoB está alerta e vamos combater isso.” E completa: “Eles defendem desenvolvimento. Pergunto: desenvolvimento para quem, 'cara pálida'?”, dispara Renato Rabelo durante a reflexão.

Onda de ataques

Sobre a campanha de desgaste do governo Dilma, Renato frisa que a bola da vez da direita é atacar a postura da presidenta em relação à política econômica. “Se voltarmos um pouco no tempo, veremos que eles [a direita conservadora] já tentaram atingir a presidenta usando o argumento da ética [logo eles?]; da política enérgica, anunciando um apagão que nunca aconteceu; e o mais recente é a questão da inflação”.

Renato destaca que esses argumentos, utilizados para justificar o posicionamento da oposição, buscam um único objetivo: empregar uma forte política de austeridade no país. “Para eles, a atitude correta era que houvesse uma austeridade fiscal. Em grosso modo, reduzir os gastos do governo e aumento os juros, o que pressionaria uma onda de redução de empregos e, no dizer deles, baixaria a inflação. Ou seja, o ônus ficaria para os trabalhadores, porque não serão eles que deverão deixar de ganhar”, explicou.

“Isso é um retrocesso”, afirmou Renato. Ele acrescenta que a presidenta há tempos adotou uma postura que implica mudanças estruturais profundas e que visam, justamente, combater a raiz do problema, sem perder de vista os ganhos até aqui alcançados.

Mídia raivosa

Durante essa edição do programa, o dirigente comunista voltou a falar sobre o desserviço prestado pela grande mídia, ao engrossar o caldo da direita contra a presidenta Dilma, e lembrou que o mesmo foi feito contra Lula. “É preciso que fique claro de que a mídia conservadora é opositora. Ela quer a volta da oposição, sobretudo, dos tucanos, e defende uma revanche contra o grupo que compõe a base popular e progressista que está ai há mais de uma década”, ressaltou.

Se você quer participar ou mesmo sugerir algum debate para o programa "Palavra do Presidente", escreva para a Rádio Vermelho (radio@vermelho.org.br).

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho: