Renato Rabelo: Força e popularidade de Dilma desesperam a direita
“A força de Dilma desespera a direita”, acentuou Renato Rabelo, presidente do PCdoB, ao falar sobre o acirramento político em curso e os fortes ataques à presidenta Dilma Rousseff, pela direita conservadora e a grande mídia, com o intuito de desacreditar o projeto iniciado em 2002.
Joanne Mota e Toni C, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 11/06/2013 18:44 | Editado 13/12/2019 03:30
Para Renato “cabe ao Partido, bem como às forças que estão comprometidas com as mudanças no país, ficarem em alerta. Precisamos estar prontos para desconstruir os discursos do bloco opositor [direita conservadora e a grande mídia]. O jogo político já está em curso e se acirra a cada semana. Não podemos admitir a volta das políticas neoliberais”.
Campanha desesperada da direita
O presidente do PCdoB acrescenta: “A campanha eleitoral já começou, foi antecipada. E foi antecipada pela oposição. E por que isso ocorre? Ocorre porque esta oposição quer ganhar tempo e projetar seus candidatos. Além disso, essa campanha da direita tem um único propósito: atingir a presidenta Dilma e abrir caminho para trazer de volta o projeto neoliberal de FHC”.
Ao esquadrinhar os argumentos da direita para retornar ao poder, Renato questiona o que eles fizeram de melhor para o Brasil que Dilma e Lula não fizeram. “O bloco opositor quer que o Brasil siga o exemplo da Europa e arranque dos trabalhadores suas conquistas, quando não o seu emprego. Essa é a bandeira de campanha deles. Eles defendem o bônus para eles e o ônus para os trabalhadores. O PCdoB está alerta e vamos combater isso.” E completa: “Eles defendem desenvolvimento. Pergunto: desenvolvimento para quem, 'cara pálida'?”, dispara Renato Rabelo durante a reflexão.
Onda de ataques
Sobre a campanha de desgaste do governo Dilma, Renato frisa que a bola da vez da direita é atacar a postura da presidenta em relação à política econômica. “Se voltarmos um pouco no tempo, veremos que eles [a direita conservadora] já tentaram atingir a presidenta usando o argumento da ética [logo eles?]; da política enérgica, anunciando um apagão que nunca aconteceu; e o mais recente é a questão da inflação”.
Renato destaca que esses argumentos, utilizados para justificar o posicionamento da oposição, buscam um único objetivo: empregar uma forte política de austeridade no país. “Para eles, a atitude correta era que houvesse uma austeridade fiscal. Em grosso modo, reduzir os gastos do governo e aumento os juros, o que pressionaria uma onda de redução de empregos e, no dizer deles, baixaria a inflação. Ou seja, o ônus ficaria para os trabalhadores, porque não serão eles que deverão deixar de ganhar”, explicou.
“Isso é um retrocesso”, afirmou Renato. Ele acrescenta que a presidenta há tempos adotou uma postura que implica mudanças estruturais profundas e que visam, justamente, combater a raiz do problema, sem perder de vista os ganhos até aqui alcançados.
Mídia raivosa
Durante essa edição do programa, o dirigente comunista voltou a falar sobre o desserviço prestado pela grande mídia, ao engrossar o caldo da direita contra a presidenta Dilma, e lembrou que o mesmo foi feito contra Lula. “É preciso que fique claro de que a mídia conservadora é opositora. Ela quer a volta da oposição, sobretudo, dos tucanos, e defende uma revanche contra o grupo que compõe a base popular e progressista que está ai há mais de uma década”, ressaltou.
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