Farc propõem adiar eleições na Colômbia por um ano
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) pediram, nesta terça-feira (11), para adiar por um ano o calendário eleitoral no país, para que a campanha não interfira no processo de paz e propuseram a convocatória de uma Assembleia Constituinte.
Publicado 11/06/2013 13:32
Pouco antes de iniciar em Cuba o 10º ciclo das conversas de paz com o governo, o líder da equipe guerrilheira, Iván Márquez, leu um comunicado no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente dos diálogos.
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“Propomos um ano de adiamento, sem reeleição presidencial”, reitera o texto, ao agregar que se incluiria no processo de paz, além do que se acorde em Havana, outros temas para serem debatidos "a fundo e democraticamente".
As Farc mencionam direitos da oposição como o da réplica, a inclusão do mandato que torne obrigatório o desenvolvimento de normas constituintes e transitórias que transformem em realidade as políticas do pós-conflito.
Além disso, inclui a criação de uma autêntica Comissão da Verdade e da História e os mecanismos para dar espaço para a plena identificação das vítimas do conflito e sua consequente reparação.
O líder da delegação do governo, Humberto de la Calle, repudiou a possibilidade de que se convoque uma Assembleia Constituinte .
“A Constituinte não vai ocorrer”, disse o ex-vice-presidente colombiano, que destacou que “não devemos nos distrair com propostas que pouco contribuem com a clareza como ocorre com a suposta prolongação do período eleitoral”.
Ao aludir ao segundo ponto da agenda – participação politica – de la Calle destacou que trata-se de “como abrir um caminho para que as Farc se transformem em movimento político e se incorporem na democracia com pleno exercício de seus direitos, mas também seus deveres”.
Ambas partes iniciaram outro ciclo de diálogos, após concluir, no fim de maio, o primeiro ponto do programa “desenvolvimento agrário e rural” com os primeiros acordos feitos pelas delegações.
Acompanhe no Vermelho o especial sobre os Diálogos de Paz
Com Prensa Latina