Começou a segunda dose de vacina contra HPV
Começou nesta segunda-feira , a aplicação da segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), em meninas nascidas entre 2000 e 2002.
Publicado 06/06/2013 09:36 | Editado 04/03/2020 16:39
Para garantir a efetividade da vacina é necessária a aplicação de três doses, com intervalo de 60 e 180 dias após a primeira. A segunda dose será aplicada de 3 a 28 de junho e a terceira de 30 de setembro a 1º de novembro. A ação é desenvolvida em 740 escolas públicas e privadas de Brasília.
A secretária Olgamir destaca que o GDF tem uma visão ampla sobre a mulher. Ela lembra que a saúde hoje se volta para mulheres independentes, autônomas e emancipadas, que buscam cada vez mais a prevenção das doenças. Este é o conceito de saúde integral da mulher: tratá-la como um todo. “Esperamos promover a conscientização e a informação sobre os métodos anticonceptivos, sobre o sexo seguro e, ao mesmo tempo, disponibilizar para as meninas a opção da vacina", disse.
Na primeira fase da campanha, promovida entre 1º de abril e 3 de maio, foram vacinadas 57.775 meninas, 92% da meta do Governo do Distrito Federal, que era imunizar 62.862 estudantes das redes pública e particular de ensino do DF, nascidas entre 2000 e 2002. Aproximadamente 4 mil meninas deixaram de ser vacinadas porque faltaram no dia ou por não terem sido autorizadas pelos pais. A vacina protege principalmente contra o câncer de colo do útero, uma doença grave, que somente em 2012 foi responsável pela morte de 90 mulheres no DF.
Para garantir a efetividade da vacina, é necessária a aplicação de três doses, com intervalo de 60 e 180 dias após a primeira dose. O calendário de vacinação foi organizado de acordo com o calendário escolar, das escolas públicas e privadas, respeitando o período das férias.
O GDF investiu cerca de R$ 13 milhões na compra das vacinas. O custo estimado de cada dose, que imuniza contra quatro tipos de papiloma vírus relacionados ao câncer de colo de útero, é de R$ 72,50.
A doença –
Os HPVs são vírus capazes de infectar a pele e as mucosas. A transmissão se dá por contato direto com o local infectado, sendo que a principal forma de transmissão é pela via sexual. Quando a infecção persiste, ela pode resultar no desenvolvimento de lesões precursoras, progredindo para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que 40 deles podem infectar o trato ano-genital.
Prevenção –
O uso do preservativo durante o ato sexual não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passiveis de contaminação. Na presença de infecção na vulva, na região peniana e proximidades, o HPV poderá ser transmitido, mesmo com o uso da camisinha. O preservativo feminino, se usado desde o iní cio do ato sexual, protege de forma mais eficaz.
Para evitar o surgimento do câncer de colo do útero é importante que as mulheres façam exames preventivos (Papanicolau ou Citopatológico), que podem detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir a doença em 100% dos casos.
As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens, podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta, em ambos os sexos.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.