Senado: CCJ aprova indicação de Luís Roberto Barroso para STF

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a indicação de Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal. Após longa sabatina, que durou cerca de oito horas, os membros da comissão aprovaram o nome de Barroso por 26 votos favoráveis e 1 contrário. Caberá agora ao plenário do Senado votar, em regime de urgência, para a aprovação final.

Barroso foi questionado sobre diversos temas, inclusive alguns atualmente em análise no STF, como o controle prévio da constitucionalidade do projeto de lei que trata da criação de partidos políticos. Para ele, a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes determinando a suspensão da tramitação do projeto foi “uma decisão atípica”.

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“O Supremo já tinha se manifestado preventivamente em caso de emendas constitucionais que feriam cláusulas pétreas e de projetos de lei que feriam gravemente o processo legislativo. Desta vez o argumento é que o projeto fere o direito das minorias, o que me parece ser uma questão de mérito e não processual”, disse. Para o advogado, a fidelidade partidária é “um fator importante”, mas essa é uma questão que deverá ser decidida pelo Congresso Nacional, em uma reforma política.

O advogado também se mostrou preocupado com a legislação tributária. Na opinião dele, não há insegurança jurídica no ambiente de negócios em geral no Brasil, mas as questões tributárias têm sido foco de muitos questionamentos judiciais. De acordo com Barroso, as decisões divergentes sobre esses questionamentos acabam contribuindo para a insegurança. “Eu caracterizo como uma fonte importante de insegurança jurídica no Brasil não só a complexidade tributária, como também a mudança constante de jurisprudência sobre matéria tributária”, avaliou.

Fonte: Agência Brasil