Bolívia expõe resultados melhores que EUA na luta anti-drogas

O presidente da Bolívia Evo Morales crítica os Estados Unidos pela sua política exterior e a sua denominada “guerra contra as drogas” e “guerra contra o terror” em todo o mundo, assegurando que ambos são instrumentos para "invadir, dominar e saquear os recursos naturais". Evo deu declarações em um ato celebrado nesta terça-feira (28), com a Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN), em que entregou à instituição 30 veículos para o melhoramento do seu trabalho.

Presidente da Bolívia Evo Morales - ABI

No evento, depois de qualificar de fracassada a política anti-drogas dos EUA, Evo assegurou que a política é um “negócio duplo” para Washington, já que, por um lado, tem um grande benefício financeiro e por outro, é um “negócio o tráfico de armas: eles põem as armas e nós os mortos”.

Neste sentido, Morales negou que a luta contra as drogas estadunidense tenha resultado, e como exemplo, mencionou o caso da Colômbia e do Peru, onde a produção de coca aumentou, porque segundo o presidente boliviano, Washington serve melhor ao mercado ilegal de drogas.

Como outro exemplo da posição dupla dos EUA, Evo referiu-se à situação das drogas no Afeganistão e no Paquistão, onde também houve um aumento considerável de produção de drogas ilícitas, depois da invasão estadunidense.

Em alusão ao espírito “saqueador” de Washington, Morales exemplificou com a recente intervenção na Líbia, onde os EUA e alguns países europeus empenharam-se por “arrebatar o petróleo do país africano”.

O presidente boliviano falou da situação do seu país depois das nacionalizações, tanto para recuperar os recursos naturais como na luta contra o narcotráfico. ”A nossa política soberana a nível internacional está no reconhecimento da nossa luta nas Nações Unidas e em instituições como a Organização de Estados Americanos (OEA)”, asseverou Morales.

Cabe destacar que recentemente o Ministério de Governo boliviano informou, mediante um comunicado, que com a saída da Agência Antidrogas estadunidense (DEA, na sigla em inglês), em 2008, a Bolívia conseguiu melhores resultados na luta antidrogas sem violar os direitos humanos.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho