Equador inicia novo período para aprofundar Revolução Cidadã

Após seis anos de estabilidade política no Equador, crescimento econômico, justiça social, construção de megaprojetos de infraestrutura e integração latino-americana, o presidente Rafael Correa inicia um novo período de aprofundamento da Revolução Cidadã.

Por Pedro Rioseco*

Rafael Correa - Assessoria do candidato

Ao iniciar na sexta-feira (24) seu mandato constitucional para quatro anos (2013-2017) Correa definiu como seus objetivos prioritários o forte combate à pobreza em que ainda vivem 26% da população e a mudança da matriz produtiva do país.

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"Hoje, o Equador é um país diferente daquele que recebemos, há um Estado semeado de estradas, escolas, colégios, centros de saúde, mas ainda muito longínquo do que sonhamos, pois ainda há 26% de pobreza e 11% de extrema pobreza", afirmou.

Durante os seis anos da Revolução Cidadã, o país cresceu em média 4,3%, apesar da crise financeira de 1999 e da falta de moeda nacional, enquanto a América Latina cresceu 3,5%.

O governo buscará, em quatro anos, dar um salto qualitativo em sua estrutura histórica, transformar a matriz produtiva para deixar de ser um país que exporta matérias-primas e se converter em exportador de produtos com valor agregado e de conhecimentos.

No plano interno, Correa sublinhou a necessidade de um diálogo nacional de consensos mínimos para não socavar os alicerces próprios da nação, para a consecução dos grandes objetivos nacionais: vencer a pobreza e a desigualdade.

"O maior favor que podemos fazer aos adversários da Revolução é nos centrar no pouco que nos divide e não nos grandes objetivos nacionais", reforçou ao propor ao Legislativo combater o verdadeiro adversário: "o abuso do capital internacional".

O período de 2007 a 2012, afirmou, "permitiu-nos recuperar a dignidade, a fé e a esperança; consolidar um sistema econômico popular e solidário; a supremacia do ser humano sobre o capital financeiro; a suspensão do pagamento da dívida externa ilegítima e a recuperação da soberania nacional".

"Nossa oportunidade para conseguir esse desenvolvimento em soberania, sem aguentar exploração, sem submeter-nos, são nossos recursos naturais não renováveis", afirmou Correa ao referir-se à mineração responsável, com respeito à natureza e benefício para a população desses territórios.

Entre os objetivos estratégicos está fixado atingir soberania energética; consolidar a produção de derivados de petróleo e a indústria petroquímica com a futura Refinaria do Pacífico; ampliar o horizonte de reservas petroleiras e continuar explorando o gás natural.

Outros três novos eixos de trabalho para este novo período são as revoluções cultural, urbana e do conhecimento, e nesta última terão um papel vital a construção de Yachay, Cidade do Conhecimento, e a Universidade Amazônica Ikiam.

O governo e o Legislativo terão a responsabilidade única com a história de aprovar leis urgentes para o desenvolvimento nacional, como são a Lei de Recursos Hídricos, a de Terras, Territórios e o Código Orgânico Integral Penal.

"Vamos revolucionar a revolução", destacou Correa ao chamar os membros do Executivo, congressistas, governos territoriais e seus simpatizantes a seguir forjando a mudança do país.

Pedro Rioseco é jornalista da Prensa Latina