Inteligência alemã prevê vitória do governo no conflito sírio
O chefe do serviço de inteligência estrangeira da Alemanha (BND), Gerhard Schindler, considera que o Exército da Síria será capaz de obter a vitória definitiva contra os grupos rebeldes antes do final de 2013.
Publicado 24/05/2013 05:52
Segundo o chefe da inteligência alemã, no momento o governo do presidente Bashar al-Asad é mais estável do que antes .
A edição digital do jornal alemão Der Spiegel informou na última quarta-feira (22) que Schindler, durante suas declarações perante oficiais de segurança mudou de opinião a respeito do que dissera no verão passado, quando fez a previsão de que o governo de Damasco cairia no começo de 2013.
Schindler declarou que os grupos armados na Síria, que incluem filiados à Al-Qaeda, enfrentam dificuldades extremas em sua guerra.
A autoridade alemã considerou que os diferentes grupos armados lutam entre si, para controlar certas zonas, e destacou a falta de uma rede funcional de comando entre os líderes da oposição síria, apoiada pelos estrangeiros, e seus elementos armados dentro do país, ao apontar que cada novo conflito debilita mais os rebeldes.
O chefe do BND prognosticou também que em finais de 2013, o Exército sírio retomará o controle do sul do país se a situação permanecer como nas últimas semanas.
Schindler manifestou que os militares conseguiram cortar as linhas de abastecimento de armas e as rotas de evacuação dos rebeldes feridos para os países vizinhos .
Cabe mencionar que, durante os últimos dias, as forças de segurança sírias provocaram grandes perdas entre os grupos armados no estratégico distrito de Al-Qusair, perto da fronteira com o Líbano .
Por sua parte, Al-Asad enfatizou na quinta-feira (23) sua determinação de continuar a luta contra o terrorismo, enquanto reiterou que a crise em seu país deve ser resolvida pelas vias políticas.
A Síria, desde meados de março de 2011, vive uma onda de violência organizada e patrocinada por alguns países do Ocidente e da região do Oriente Médio, cujo objetivo é culpar o governo de Damasco pela crise e possibilitar uma intervenção militar estrangeira.
Hispan TV