Rodoviários de Salvador: protesto foi promovido por usuários

"Tão logo fomos informados de que o terminal estava parado fomos averiguar e constatamos que a ação não tinha o envolvimento de companheiros da categoria", diz um trecho do comunicado. A polícia precisou ser chamada para conter a população.

Campanha salarial

Reunidos em assembleias ocorridas ao longo de toda quarta-feira (22), os rodoviários baianos rejeitaram a contraproposta patronal de 3,21% de reajuste salarial e autorizaram a diretoria do Sindicato a adotar os trâmites necessários à decretação do Estado de Greve, conforme exige a Lei. Uma nova rodada de negociação com os sindicatos patronais está agendada para terça-feira (28).

"Não estamos em estado de greve ainda, mas a greve é uma possibilidade concreta caso os empresários não apresentem, na próxima rodada, uma proposta que contemple a categoria", afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários Hélio Ferreira.

O presidente destacou que há um clima de insatisfação na categoria com a contraproposta patronal de 3,21% de reajuste salarial, menos da metade da inflação do período, e com a tentativa de cortar conquistas. "A data-base é dos trabalhadores, mas os patrões apresentaram uma contrapauta de corte de direitos que é um desrespeito aos trabalhadores".

Desde o dia 28 de março os trabalhadores em empresas de ônibus estão em campanha salarial, quando foi entregue a pauta de reivindicações aos sindicatos patronais. A primeira contraproposta dos empresários, no entanto, só foi colocada na mesa na oitava rodada de negociação.

Os rodoviários da Bahia reivindicam reajuste salarial de 15%, redução da jornada para 6h sem redução de salário, tíquete-refeição de R$15, durante 30 dias ao mês e nas férias, assistência médica e odontológica para titulares e dependentes paga pelos patrões, gratificação de Carnaval, fim da cobrança de avarias, das terceirizações e da dupla função.

Com Sindicato dos Rodoviários no Estado da Bahia