Mulheres na Construção forma nova turma

Lançado em 2011, o programa já capacitou 334 mulheres.

Mulheres na Construção forma nova turma

Nesta quarta-feira, a Secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira, participou da formatura de 179 mulheres que concluíram os cursos de azulejista e pintora do “Programa Mulheres na Construção”, que surgiu diante da necessidade de priorizar projetos voltados para inclusão social e econômica das mulheres da região Centro-Oeste.O ato aconteceu no Instituto Federal de Brasília, em Samambaia.

A secretária Olgamir garantiu que o governo trabalhará para inserir todas as formandas da segunda turma no mercado de trabalho. “Serão acionadas com as nossas ofertas. Cumprimos a primeira etapa que é a qualificação, mas, agora, vamos para a segunda que é a inserção no mercado”, ressaltou ao lembrar que a qualificação profissional é um dos pilares para a emancipação das mulheres.

A primeira turma, com 155 mulheres, foi concluída em agosto de 2012. Das alunas que aceitaram convites para trabalhar, 81% já foram inseridas no mercado de trabalho. Dados do IBGE apontam que o número de mulheres chefes de família no Brasil aumentou consideravelmente entre 2000 e 2010, passando de 12,8 milhões para 18,6 milhões. No Centro-Oeste, em 2010, 871 mil mulheres eram responsáveis pela família.

“O diferencial deste curso é que vai além do ensinamento técnico. Ele oferta, também, noções de cidadania e direitos da mulher, direitos do trabalho, economia solidária e empreendedorismo, além de matemática e português aplicados, bem como conhecimentos relacionados à formação profissional de azulejista e pintora de obras”, disse a secretária.

O programa Mulheres na Construção visa capacitar a mão de obra feminina para trabalhar no setor da Construção Civil, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). A ideia é preencher um número considerável de vagas do setor com mão de obra feminina.

Jelcatia Silva Pereira de Jesus, que trabalhava como doméstica, contou que já está com sua empresa montada para trabalhar no ramo da construção civil e que já tem um a equipe de seis mulheres. “Tive todo apoio do meu marido. Fui dona de casa e sempre me falaram que eu podia mais. Cheguei aqui e me falaram a mesma coisa. Eu acreditei e hoje estou aqui. Estou vencendo”, relatou.