Cuba e Brasil desenvolvem projeto para estudo com células-tronco
Cuba e Brasil desenvolverão um projeto de colaboração para o tratamento de isquemias das extremidades inferiores com células tronco, anunciou nesta quinta-feira (23) um cientista brasileiro participante do Congresso Hematología 2013, que deverá ser encerrado na sexta-feira (24) em Havana.
Publicado 23/05/2013 19:23
Como parte do projeto serão selecionados 60 participantes, 14 cubanos e 45 brasileiros, que padecem desse problema causado pela obstrução de uma das principais artérias que se encarrega do fluxo de sangue para as pernas, explicou Paulo Roberto Brofman, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Na primeira fase tomarão parte três instituições brasileiras e duas cubanas, agregou o especialista, que apresentou um relatório sobre os resultados do tratamento com células-tronco endoteliais in vitro, testadas em ensaios com ratos.
Essa iniciativa terá a duração de dois anos e o início está previsto para o segundo semestre de 2013, explicou Porfirio Hernández, mestre do Instituto Ccubano de Hematologia e Imunologia.
Ele agregou que foram dados os primeiros passos para as ações de coordenação prévias necessárias para dar início ao projeto.
Os pacientes que se envolverão neste projeto não respondem a tratamentos convencionais e não têm opções terapêuticas melhores, agregou o médico cubano, que faz parte do comitê organizador do 7º Congresso Cubano de Hematologia (Hematología 2013).
As células que serão empregadas nesta pesquisa são mononucleares, com o conteúdo de células mãe adultas, derivadas da medula óssea, as quais são de fácil manipulação e se mostraram efetivas nos trabalhos anteriores, sublinhou o pesquisador.
Ele afirmou que os centros cubanos que participarão deste projeto são o Instituto de Hematologia e Imunologia e o Hospital Docente Enrique Cabrera, mais conhecido como Hospital Nacional, ambos com sede em Havana.
Mais de 600 especialistas de 40 países, inclusive de Cuba, participam do Hematología 2013, onde são tratados temas como hemopatias malignas, medicina regenerativa e medicina transfusional e imunologia.
Fonte: Prensa Latina