Premiê de Israel mantém ameaças contra a soberania da Síria

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu destacou a possibilidade de a força aérea israelense levar a cabo mais agressões contra o território sírio, durante uma reunião semanal do seu gabinete, neste domingo (19). No começo de maio, a força aérea fez dois ataques à Síria, na região de Damasco, a capital, o que provocou a condenação de vários atores internacionais preocupados com a situação, mas não a da ONU.

Durante a reunião do seu gabinete, Netanyahu disse que o seu governo está preparado para tomar ações no futuro, e que está "se preparando para qualquer cenário” no conflito que se desenrola na Síria.

Por outro lado, Tzipi Livini, ministra da Justiça e membro do gabinete de segurança de Netanyahu, questionou as afirmações de Netanyahu. Tzipi também foi ministra de Relações Exteriores e disse: “não creio que haja algum israelense que tenha desejos de tomar ações” na Síria, em referência às preocupações de que um ataque possa provocar um conflito regional a grande escala.

No dia 5 de maio, o regime israelense realizou uma agressão aérea contra o centro de investigação científica de Jamraya, perto de Damasco, dois dias depois de ter confirmado outra ofensiva aérea, alegando como objetivo um carregamento de mísseis ultramodernos com destino ao Hezbollah libanês.

As ameaças do primeiro israelense têm lugar um dia depois de uma entrevista do presidente sírio, Bashar Al-Assad, concedida à imprensa argentina, em que reiterou a resistência do povo da Síria contra as medidas hostis.

“Os cálculos dos países que quiseram intervir na Síria eram cálculos errôneos, acreditavam que o plano podia terminar em questão de semanas ou meses, mas isso não sucedeu, o que ocorreu é que o povo sírio resistiu e rechaçou todas as formas de intervenção externa, e continuamos fazendo isso até o momento. Para nós se trata de defender o país”, deixou claro Al-Assad.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho