Jovens do Brasil e da África debatem abordagem midiática do negro

Nesta segunda-feira (20), pesquisadores africanos e brasileiros se reúnem no Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para debater as formas que a TV, o cinema e demais produções videográficas abordam os negros, o continente e as expressões culturais de matrizes africanas.

O encontro acontece durante a VII Semana da África, que se estenderá até o próximo sábado (25), data em que se comemora o Dia da África. Com o tema “Identidades africanas na produção audiovisual em África e sua diáspora”, a VII Semana da África é organizada por estudantes brasileiros e africanos – que estão estudando na Bahia – ligados à UFBA, à Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e à Universidade Federal do Recôncavo.

De acordo com a organização do evento, a Semana da África dialoga e discute a importância da Lei Federal Nº 11.645/2008, que assegura a obrigatoriedade do ensino da história e das culturas de origem africana, como também das culturas ameríndias brasileiras, principalmente no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

A Semana acontece desde maio de 2006 e já se tornou um evento de referência para a divulgação e fomentação de pesquisas sobre relações raciais no Brasil, em torno de questões ligadas a etnicidade, sobre o intercâmbio cultural entre Brasil e África, atualidades negro-diaspóricas, tradições afro-brasileiras, e a história real da África em sua grande diversidade étnico-cultural.

Programação

Nesta segunda e terça-feira (20 e 21), serão realizadas oficinas em escolas da Rede Pública de Salvador, onde professores receberão qualificação sobre temáticas ligadas às africanidades. Atividades culturais como shows, exibição de filmes e espetáculos teatrais serão divulgadas no blog (http://www.semanadaafrica.blogspot.com.br/).

A parte acadêmica terá início no dia 22/05, às 10h, no Centro Cultural Câmara dos Vereadores, com a Conferência Cinemas africanos contemporâneos, ministrada pelo professor- adjunto da UFBA, Mohamed Bamba.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações do Correio Nagô