Médicos do Samu em greve levam denúncias às ruas de Salvador

Diante do descaso dos gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os médicos reguladores e intervencionistas do Samu promovem manifestação em frente à Prefeitura, na Praça Municipal, na terça-feira (21). Eles denunciam as condições precárias de trabalho, instalações e remuneração. A categoria está em greve desde terça (14). Na quinta, uma assembleia votou pela manutenção da paralisação.


Trabalhadores do Samu em greve / divulgação

A greve dos médicos do Samu foi mantida após análise das propostas da secretaria municipal de Saúde e chegaram a conclusão de que não há seriedade na forma com que a gestão municipal vem tratando os problemas do Samu.

Segundo o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), as propostas apresentadas pelo secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, estão muito abaixo das necessidades dos profissionais do Samu que, além dos baixos salários que recebem, ainda enfrentam condições precárias de trabalho no cotidiano.

Os profissionais reivindicam a implantação da isonomia salarial entre todos os vínculos médicos (estatutários, CLT, PJ, REDA e TAC). E para melhorar o salário dos estatutários – que recebem hoje pouco mais de R$1.800 -, a proposta foi majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o vencimento básico. A secretaria ofereceu aumento de gratificação aos estatutários, REDAs e TACs, deixando de fora os médicos cujos vínculos são CLT e PJ.

A proposta alternativa apresentada pela SMS foi majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o salário base, porém passando a jornada de trabalho de 24 horas para 40 horas semanais, o que não significa melhoria salarial, mas, ao contrário, aumento da sobrecarga de trabalho. Naturalmente, foi recusada pelos médicos.

A categoria exige soluções para as precárias condições de trabalho e para a insuficiência do número de profissionais no atendimento à população.

Com informações do Sindimed-BA