Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistas
Após a abertura do 5º Encontro Sindical Nacional, nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, foi iniciado o processo para a manifestação dos delegados que participam do evento. Democraticamente, sindicalistas de mais de 20 estados brasileiros manifestaram sua opinião em relação à atuação do PCdoB no movimento sindical, a necessidade do protagonismo dos comunistas nessa frente e as perspectivas e anseios dos sindicalistas em todo o Brasil.
Do Rio de Janeiro, Mariana Viel
Publicado 15/05/2013 20:06
Para o secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, os debates desse primeiro do de encontro foi rico, diversificado e com qualidade. O que chamou a atenção foi o tema candente do movimento sindical dos trabalhadores do setor público e as relações complexas entre este movimento e os governos apoiados pelo Partido. “A opinião prevalecente é de que o movimento sindical deve preservar sua autonomia e sempre procurar construir posições nos debates internos partidários”.
Em entrevista ao Portal Vermelho, o membro da Comissão Sindical Nacional do PCdoB, Divanilton Pereira, afirmou que uma das grandes expectativas do encontro é a consolidação de um salto organizativo do Partido entre os trabalhadores.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) na Bahia, Adilson Araújo, disse que a realização do 5º Encontro Sindical Nacional significa um momento de celebração dos sindicalistas comunistas. “O encontro traz um novo horizonte de perspectivas e abre caminho para um sindicalismo classista, autêntico e renovado”. Para Adilson os debates deverão contribuir para “manter acesa a bandeira do socialismo”.
Augusto Petta, coordenador técnico do Centro de Estudos Sindicais (CES), lembrou a necessidade da análise e diretrizes da frente sindical do Partido. Ele reafirmou a convicção da importância da formação política de todos os trabalhadores que integram a área sindical. “A elevação do nível de consciência pólitica para alcançar o socialismo”.
Segundo Petta, nos últimos quatro anos o CES realizou cursos de formação para mais de oito mil sindicalistas em todo o Brasil. Para ele, apesar de positivo a formação deve ser vista como prioridade e intensificada.
A secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Andreia Diniz, lembrou a luta pela ampliação da participação das mulheres no movimento sindical. Apesar de reconhecer, principalmente entre os metalúrgicos, uma presença muito mais masculina, Andreia disse que há espaço para a luta e a defesa das bandeiras das mulheres no cerne do movimento sindical.