Mulheres colombianas debatem propostas para diálogos de paz

Em declarações para a TeleSur, a coordenadora da mesa “Mulher e Conflito Armado”, Jennifer Burbano, assegurou que na reunião vão reconhecer os “relatos e histórias de mulheres que sofreram a guerra” e suas consequências. 

Ela informou que os deslocamentos forçados, as violações contra os direitos das mulheres são um dos principais problemas que persistem junto com o conflito armado naquele país.

A respeito dos deslocamentos, indicou que as mulheres e as crianças são as “principais vitimas”. Precisou que estes casos são “diários e cotidianos” como nos anos 1990.

No debate defenderam, além disso, que as pulverizações aos cultivos “ilegais” afetam gravemente as sementes dos alimentos para os colombianos. Da mesma maneira, disse que se tratarão os casos de “mulheres que foram vítimas de violência sexual por parte dos grupos paramilitares da mesma força pública”.

Mais de 2 mil mulheres de todas as regiões da Colômbia e do mundo participam do “Primeiro Encontro Nacional e Internacional de Mulheres pela Dignidade e Paz” para posicionar o gênero feminino na organização e defesa de suas reivindicações sociais.

O evento, que iniciou formalmente no sábado (11) e se estenderá até a terça-feira (14), busca criar uma identidade política que respeite a diversidade e que esteja baseada na educação, formação e igualdade de oportunidades.

Para a reunião, foram citadas destacadas mulheres da vida política e social na Colômbia como o caso da ativista humanitária Piedad Córdoba, a congressista Gloria Inés Ramírez e líderes como Gloria Cuartas, Patricia Ariza, Carlos Lozano e Jaime Caicedo.As conclusões do evento alimentarão, desde a perspectiva feminina, a mesa dos diálogos que ocorrem em Havana para buscar a paz naquele país.

Fonte: TeleSUR