Venezuela lamenta posição da CIDH sobre violência da oposição

O embaixador da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chderton Matos, emitiu um comunicado nesta sexta-feira (10) qualificando como "deplorável, lástima e insólita" a postura da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) após os atos de violência do dia 15 de abril deste ano.

Roy Chaderton Matos

"A CIDH, em sua aparentemente prolixa declaração, minimiza a morte de 11 venezuelanos, crianças, homens e mulheres, partidários do candidato vencedor Nicolás Maduro, agredidos, baleados ou linchados pelas turbas inflamadas que se lançaram sobre as ruas para ventilar a irascibilidade contagiada pelo candidato vencido, com o apoio oportunista que recebeu da ditadura imperial, da ditadura midiática e da ultradireita venezuelana, latino-americana e europeia", diz o ofício.

Chaderton Matos afirma que a CIDH "protege os responsáveis dos atos de violência instigados pelo mal perdedor nas eleições presidenciais de 14 de abril" e considera que a postura da comissão deixa em "evidência a crescente decomposição da CIDH".

"Este Comunicado reflete quão inúteis têm sido os esforços empreendidos por poucos indivíduos da boa vontade dentro da CIDH que continua sendo controlada pelos herdeiros de seu anterior Secretario Executivo", finalizou.

Por sua vez, a CIDH também emitiu um comunicado nesta sexta-feira (10) no qual insta o Estado venezuelano a adotar "de maneira urgente" todas as medidas que sejam necessárias a fim de "garantir os direitos à vida e à integridade pessoal", assim como os direitos políticos, o direito de reunião e os direitos à liberdade de associação e liberdade de expressão.

A Comissão lamentou que vários parlamentares tenham se machucado com as agressões de 30 de abril na sede da Assembleia Nacional da Venezuela.

Com TeleSUR