Novas universidades na Bahia devem começar a funcionar até 2015

Na reunião da bancada, o Ministério da Educação apresentou o andamento de cada um dos projetos. Segundo Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Educação Profissional (INEP) e representante do MEC, os processos estão caminhando a passos largos. A previsão é de que todas as unidades comecem a funcionar até 2015.

Durante o encontro, o deputado Daniel Almeida defendeu a votação de uma nova legislação que privilegie a autonomia das universidades. Para o parlamentar, além de criar novas unidades, deve-se pensar em como preservar a qualidade do ensino e garantir mais independência para as instituições.

O deputado  ressaltou ainda a necessidade de mais investimentos no ensino superior. E afirmou que a Bancada da Bahia apresentou emenda coletiva ao Orçamento da União de 2013, que será destinada a este fim. “Estamos combinando ações conjuntas para favorecer a instalação das unidades. Entre elas, a aprovação da legislação e emendas ao Orçamento”, anunciou.

Projetos em andamento

Entre os projetos em andamento está o da Universidade Federal do Oeste, que atenderá as cidades de Barreiras, Barra, Bom Jesus da Lapa e Luís Eduardo Magalhães e da Universidade Federal do Sul da Bahia que será instalada em Itabuna e atenderá a região Sul e Extremo Sul.

A Universidade Federal do Recôncavo será ampliada com a instalação do novo campus em Feira de Santana; e a Universidade Federal da Bahia receberá uma extensão em Camaçari. A expansão do ensino superior da Bahia contempla ainda inauguração de novas unidades do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET).

Um dos projetos mais adiantados é o da Universidade Federal do Sul da Bahia, prevista para iniciar as aulas no ano quem vem. “A prefeitura já conseguiu um espaço temporário para a reitoria, e ainda este semestre vamos liberar um terreno para construção do campus”, ressaltou o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite.

Benefício ampliado

As universidades que terão cursos de bacharelado permitirão que alunos de municípios pequenos frequentem o ensino superior sem sair de suas cidades. A expectativa é que a universidade atenda mais de 11 mil alunos.

De acordo com a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora no Senado do projeto que cria a universidade, a instituição será fundamental para uma região “ainda carente de vagas em cursos de nível superior”. Ela disse que há na região cerca de 66 mil alunos de ensino médio na rede pública, em contraste com menos de 1,5 mil vagas nas instituições públicas de ensino superior.

A senadora afirma que, além da Bahia, a nova universidade vai beneficiar outro estado: o Espírito Santo. Ela lembra que o município de Teixeira de Freitas, por exemplo, faz fronteira com o estado vizinho e, por isso, poderá receber muitos estudantes capixabas.

Da Redação em Brasília