Jordânia pode romper relação com Israel por tensões em Jerusalém

Um grupo de dezenas de civis jordanianos fez uma manifestação às portas da embaixada em Amã na noite desta quarta-feira (8), após a condenação pública da Jordânia contra o papel de Israel nos confrontos do “Dia de Jerusalém”, no dia anterior, quando judeus invadiram a esplanada das mesquitas e cantaram temas racistas e nacionalistas em bairros palestinos.

Primeiro-ministro jordaniano - Reuters

Os manifestantes pularam os muros da embaixada israelense mas foram impedidos pela polícia de entrar no complexo, de acordo com informações locais. A embaixada é guardada pelas forças de segurança jordaniana quase todos os dias do ano.

Os protestantes na Jordânia reuniram-se Câmara Baixa do parlamento jordaniano havia aprovado também nesta quarta, por unanimidade, uma moção que exige a expulsão do embaixador israelense da Jordânia, e a retirada do representante do reino Hashemita em Tel Aviv.

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Os 150 deputados decidiram aprovar a moção em resposta à invasão por cerca de 200 judeus radicais, apoiados pelas tropas de ocupação, da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém, um dos três lugares mais sagrados do Islã e que está sob a proteção da Jordânia. As forças também impediram muçulmanos de entrarem no local.

O parlamento jordaniano responsabilizou Israel pelos confrontos violentos que se seguiram, nesta terça, e o primeiro-ministro jordaniano Abdullah Ensour condenou a conduta israelense. Além disso, o jornal Al-Dustur publicou um editorial declarando que a decisão do parlamento é um sinal de que os deputados estão finalmente ouvindo o público.

O jornal também disse que medidas mais duras provavelmente serão tomadas se Israel continuar com a sua política de ameaça contra a mesquita, judaizando Jerusalém e ignorando os direitos dos palestinos.

Al Dustour instou ainda aos Estados árabes que tenham relações diplomáticas com Israel, especialmente o Egito, a tomar medidas similares às tomadas pela Jordânia.

A Liga Árabe já emitiu declarações em que se compromete com a preservação do patrimônio histórico árabe e muçulmano de Jerusalém, dada a frequente política de ocupação judia e controle do acesso dos muçulmanos aos locais religiosos.

Com agências,
da redação do Vermelho