Terreiros de Samba de São Paulo garantem palco na Virada 

O secretário municipal de Cultura da cidade de São Paulo, Juca Ferreira, assegurou, na manhã desta segunda-feira(6), que comunidades, rodas e terreiros de samba de São Paulo estarão representados na Virada Cultural 2013.

Juca Ferreira e sambistas de São Paulo - Assessoria da Secretaria Municipal de Cultura

A notícia foi dada a representantes desses movimentos durante o encontro de hoje na secretaria. Os sambistas estavam acompanhados pelas equipes dos parlamentares do PCdoB Orlando Silva e Leci Brandão, que intermediaram a reunião entre o segmento e o secretário.

Juca Ferreira confirmou também que a secretaria vai realizar um encontro dedicado aos movimentos culturais de samba como parte da agenda do programa #existediálogoemSP, voltado para ouvir, sobretudo, as expressões artísticas da cidade. A reivindicação partiu do gabinete do vereador Orlando Silva a pedido do Coletivo de Cultura do PCdoB paulistano.

"Desde que cheguei na secretaria estou me preparando para ter uma política para o samba. Para os grupos, escolas, carnaval de rua. Tenho buscado conversar com Leci e Orlando e algumas providencias estão sendo tomadas", explicou Juca.

Ele adiantou que estão sendo programados dois grandes eventos na periferia e o espaço do samba será preservado. Disse também que o local das rodas será defendido pela prefeitura como território de proteção especial dentro do plano diretor. "E neste ano São Paulo vai comemorar fortemente o dia nacional do samba", contou.

Palco do Samba

O público que acompanha as rodas de samba que são realizadas no centro ou na periferia de São Paulo terá um palco com treze atrações. Cada roda levará convidados buscando atingir um grande número de representantes das rodas, comunidades e terreiros de samba em atividade em São Paulo.

O palco Comunidades, Rodas e Terreiros de Samba de São Paulo terá na Virada Cultural 2013 as seguintes atrações: Samba da Ponte, Comunidade Maria Cursi, Berço do Samba de São Mateus, Tomando Partido, Comunidade Samba da Vela, Terreiro de Compositores, Pagode da 27, Samba de Todos os Tempos, Samba Dá Cultura, Samba da Feira, Terreirão do Sobral, Samba D'Elas e Quinteto em Branco e Preto.

O sambista Chapinha, do Samba da Vela e um dos articuladores do movimento pela consolidação dos terreiros de samba na Virada, destacou a sensibilidade do secretário Juca em apostar no protagonismo desses movimentos de samba. "Pela primeira vez estamos sendo ouvidos e valorizados", lembrou Chapinha que está há 30 anos na militância do samba em São Paulo.

Renê Sobral, cantor e idealizador do Terreirão do Sobral, iniciativa que reúne centenas de pessoas na zona sul, também destacou a atenção que foi dada aos sambistas ali presentes. "Teve um olhar do secretário que nos faz confiar que as ações para tirar o samba da invisibilidade vão chegar e que o espaço para o diálogo está aberto", disse.

O chefe de gabinete da deputada Leci Brandão, Elizeu Soares, lembrou que no próximo dia 16 haverá a primeira audiência pública voltada para os movimentos culturais de samba na Assembleia Legislativa de São Paulo, iniciativa da deputada Leci Brandão.

"Além da presença dos terreiros de samba na Virada, o mandato da deputada Leci , apoiada pelo gabinete do vereador Orlando, estão se movimentando para discutir política pública para esse segmento e que sejam políticas permanentes", destacou Eliseu.

Ele esteve acompanhado de Roberto Oliveira, também da assessoria da deputada. Representando o vereador Orlando esteve na reunião Márvia Scárdua, chefe de gabinete.

Entre os sambistas presentes ao encontro estavam Brão Lopes, da Associação das Comunidades e Terreiros de Samba de São Paulo; Railídia Carvalho, do grupo Inimigos do Batente e do coletivo de Cultura do PCdoB paulistano; o compositor Mário Leite, Ary Benedette, Emerson Nehgo, Juliano, da comunidade Jardim Bandeirantes; Reinan Rocha, Fabinho Ishio e Júnior Sorriso.


De São Paulo, Railídia Carvalho