Farc exigem presença de guerrilheiro nos diálogos de paz
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) reiteraram nesta quinta-feira (2) o pedido para que os Estados Unidos permitam ao guerrilheiro Simón Trinidad exercer sua função na mesa dos diálogos de paz, em Cuba.
Publicado 02/05/2013 16:09
Antes do início de mais um dia de diálogo com o governo, o chefe da delegação das Farc, Iván Márquez, assinalou que insistir para Washington é justo, depois que foram conhecidas as razões da extradição de Trinidad, reveladas por um telegrama publicado pelo WikiLeaks.
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O guerrilheiro, que faz parte da representação da insurgência no diálogo, cumpre 60 anos de prisão nos Estados Unidos, para onde foi extraditado em 2004. “De acordo com o documento originado na embaixada de Washington em Bogotá, essa sede diplomática não tinha conhecimento de nenhuma investigação contra Trinidad realizada por agências estadunidenses”, referiu Márquez.
Em um comunicado lido no Palácio de Convenções, sede permanente das conversas, a guerrilha denunciou que o ex-presidente Álvaro Uribe ordenou a montagem jurídica para violar a lei constitucional que proíbe a extradição de nacionais por razões políticas.
"Quando já não havia maneira de provar que era um narcotraficante, determinaram então lhe imputar o delito de terrorismo que não era a causa de sua extradição", explicou. Além disso, denunciou que "para castigar a rebeldia das Farc tinha que condená-lo de qualquer jeito, e por isso inventaram que pertencia ao Secretariado e ao Estado Maior Central rebelde".
A insurgência pediu às organizações sociais e de direitos humanos no mundo que formem comitês para ajudar na luta política por sua liberdade e a necessária participação na mesa de diálogo.
A agenda das conversas entre governo e Farc, que se encontram no ponto sobre o tema agrário, inclui outros como a participação política, o fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas e os direitos das vítimas.
Fonte: Prensa Latina
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