Na ONU, Angola exorta África a resolver conflitos pacificamente 

O secretário angolano de Estado para Relações Exteriores Manuel Augusto defendeu ante a ONU a solução pacífica dos conflitos na África para lograr a estabilidade neste continente, informou nesta sexta-feira (26) a Rádio Nacional de Angola, em Luanda, capital do país. 

Secretário angolano Manuel Augusto - ONU

Em um foro de alto nível sobre os conflitos na África, celebrado nesta quinta-feira (25), na sede do mais alto organismo mundial, o representante angolano afirmou que seu país está profundamente preocupado pela tomada do poder à força em alguns territórios da região.

Augusto ressaltou que esta prática é ilegal sob o direito internacional, já que viola os princípios defendidos pela Carta das Nações Unidas e da União Africana.

Reafirmou também que seu país trabalha junto à comunidade internacional por lograr a estabilidade mediante o diálogo em estados como o Mali, a República Centro-Africana, Guiné Bissau e a região dos Grandes Lagos.

Augusto condenou, neste contexto, o recente golpe de estado na República Centro-Africana (RCA) e respaldou a assinatura de um acordo em Libreville, Gabão, impulsionado pelas Nações Unidas, que demanda o reestabelecimento da legalidade em Bangui, capital da RCA, país que enfrenta um longo conflito armado com influências sofridas e causadas em outros conflitos de países vizinhos.

Grupos rebeldes rejeitaram uma proposta do presidente François Bozizé (que governa o país há 10 anos e cujo mandato deve terminar em três anos), para formar um governo de unidade nacional, afirmando que “Bozizé tem de partir”. Boizé é acusado pelos rebeldes de não cumprir com um acordo de paz de 2007, que previa indenizações e empregos para os que se desmobilizassem e depusessem as armas.

Em março, o grupo rebelde Seleka tomou o poder na capital, em um golpe que resultou na suspensão do país na União Africana. Países como a África do Sul e a França, que mantêm presença militar na região, afirmaram não reconhecer a tomada do poder, apesar de a França agir diferentemente no Mali, apoiando um governo formado após um golpe realizado em 2012.

Com agências,
da redação do Vermelho