"Venezuela não aceita ameaças do imperialismo", diz chanceler  

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, afirmou nesta segunda-feira (22) que o país não aceitará ameaças de império algum, “muito menos as ameaças de um império decadente como os Estados Unidos” e repudiou as declarações ingerencistas da secretária norte-americana de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, que incitou a recontagem dos votos nas eleições presidenciais de 14 de abril para que haja “confiança” e “resolva a divisão”.

Elías Jaua - Venezuela

Consultada sobre se os Estados Unidos considerava aplicar sanções para a Venezuela no caso de que não houvesse uma recontagem dos votos, Jacobson destacou que “não podemos dizer se vamos implementar sanções ou não”. 

O chanceler rechaçou categoricamente as declarações e qualificou de grosseiras e inaceitáveis. “Essas declarações ingerencistas propõem uma parcialização por parte de Jacobson (…) Na Venezuela não haverá recontagem de votos poruqe tem um dos melhores sistemas eleitorais do mundo (…) Como diz o Centro Carter”, sustentou.

Neste sentido, destacou que não é possível dizer o mesmo da América do Norte “que não é um sistema de voto direto, mas delegado”.

Jaua qualificou como muito graves as declarações da secretária de Estado para a América Latina pois “ameaçou diretamente a Venezuela com sanções”.

E reiterou que “somos filhos de Chávez, não aceitamos ameaças, muito menos de um império decadente”. O chanceler venezuelano pediu aos Estados Unidos não se intrometerem nos assuntos internos da Venezuela.

Jaua afirmou que o ex-candidato antichavista, Henrique Capriles Radonski, respondendo aos interesses dos Estados Unidos, tentou executar um processos de desestabilização “para levar a Venezuelana a um enfrentamento civil”. Disso, faz parte o desconhecimento dos resultados eleitorais.

“O desconhecimento e sua convocatória para drenar a ira nas ruas, deixou o saldo lamentável de oito mortos, o assedio aos Centros de Diagnostico Integral (CDI) e a queima da casa do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv)”, acrescentou.

O chanceler venezuelano agregou: “Responsabilizamos aos EUA pelos atos de violência ocorridos na Venezuela em 15 de abril para respaldar o candidato [Capriles] com o qual estão comprometidos”

Fonte: TeleSur