Justiça venezuelana garante que violência não ficará impune
Nesta quarta-feira (17), a presidenta do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela, Luisa Estella Morales, pontuou que "não haverá impunidade" e garantiu que o Poder Judiciário "cumprirá as leis" contra os atos de violência registrados na última segunda-feira (15).
Publicado 17/04/2013 18:00
Em coletiva de imprensa, em Caracas, ela lembrou que os atos violentos ocorreram após o candidato da direita, Henrique Capriles, pedir nos meios de comunicação uma contagem manual de 100% do resultado das eleições presidenciais realizadas no domingo (14).
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O número de vítimas fatais, após a onda de atos violentos convocados pelo ex-candidato antichavista Henrique Capriles, aumentou para oito, com a morte de Rosiris Reyes, na manhã desta quarta-feira (17). No último balanço feito na terça-feira (16) pelo chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada nacional Bolivariana (Ceofranb), Wilmer Barrientos, os atos deixaram 63 feridos e 170 presos.
“Nós, como Poder Judiciário, devemos garantir, através de todo o nosso Poder Judiciário, nossos juízes, que devem permanecer em seus locais de trabalho com firmeza, dedicação e objetividade, porque as vidas dos venezuelanos mortos têm que ter uma resposta da Justiça venezuelana e podem estar seguros que vão ter, porque não haverá impunidade”, expôs a presidenta do TSJ.
“Foram apresentados 75 procedimentos com detidos por tais atos”, indicou Morales; da mesma forma, o Ministério Público iniciou os processos de investigação a 240 pessoas em todo o país.
Engano
Morales advertiu que os atos de violência começaram quando Capriles solicitou uma contagem manual de 100% do resultado. Ela esclareceu que “na Venezuela o sistema eleitoral é absolutamente automatizado, de maneira que a contagem manual não existe”.
Ela explicou que dentro da legislação venezuelana quando termina o ato eleitoral, que está sujeito a auditorias, o órgão competente para estabelecer algum tipo de contenção do tipo administrativa sobre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é a Sala Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça, que "até agora não recebeu nenhuma solicitação" e pediu para os cidadãos que estiverem em desacordo com a proclamação do presidente Nicolás Maduro ou com a atuação do CNE para canalizarem as queixas na justiça.
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias
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