Venezuela: Ainda de luto, povo deverá votar em massa

Nas últimas eleições, apenas 18% dos eleitores deixaram de votar, em um país em que o voto não é obrigatório. Este alto índice de participação popular é fruto de um amadurecimento da democracia venezuelana, que já viveu 17 disputas eleitorais em um período de 14 anos. Para Maduro, o povo é “protagonista, consciente e culto” e isso é fruto do processo iniciado por Hugo Chávez quando chegou ao poder em 1999.

Em suas aparições públicas, Maduro tem insistido para que as pessoas saiam cedo para votar. De acordo com o costume local, a partir das 4 horas da manhã, os motorizados – jovens motoqueiros – fazem um buzinaço, chamado “toque da Diana”, um toque de alvorada, convocando as pessoas para saírem de suas casas e irem para os centros de votação.

Riscos de sabotagem

Durante reunião com acompanhantes internacionais do processo eleitoral, realizado no Palácio Miraflores neste sábado (12), o presidente interino voltou a denunciar as tentativas de sabotagem da oposição e pediu para que a direita não caia nas provocações gestadas da cidade de Bogotá, Colômbia, conforme denunciou o consultor político e especialista em campanhas da direita, J.J. Rendón.

“Estão jogando com a credibilidade de um setor da oposição para que neste domingo (14) ou segunda-feira (15) setores da direita saiam às ruas e tenha violência, mortos. Eu peço respeito e paz”, afirmou Maduro.

Neste domingo (14), mais de 18 milhões de venezuelanos estão aptos a escolher entre os sete candidatos à presidência da República. 173 acompanhantes internacionais e 3.435 observadores nacionais participarão do processo eleitoral do país.

Vanessa Silva é enviada especial do Vermelho a Caracas