Com visita de Kerry, China e Estados Unidos aprofundam relações
O primeiro-ministro da China, Li Kegiang, disse neste sábado (13), durante encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que um conflito na Península Coreana afetará todas as partes envolvidas e o comparou a levantar uma rocha para deixá-la cair sobre os pés.
Publicado 14/04/2013 00:10
As partes envolvidas devem assumir a responsabilidade e estar prontas para suportar as consequências, expressou o dirigente chinês durante uma audiência com o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, que realizou neste sábado sua primeira visita oficial desde que assumiu o cargo.
Versões oficiais deste encontro indicam que Li transmitiu a Kerry que a China e os Estados Unidos, como as duas principais economias do mundo devem encarregar-se das tendências internacionais e beneficiar o mundo.
Quanto às relações bilaterais, o primeiro-ministro indicou que as duas partes devem alcançar avanços substantivos sobre a profundidade e a qualidade da cooperação bilateral e fazer mais esforços para promover a competição justa e proteger os direitos e interesses legítimos de seus respectivos negócios.
Igualmente, manifestou sua esperança de que os Estados Unidos assumam ações que conduzam a levantar a proibição de a China exportar produtos de alta tecnologia para seu país.
De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, o dirigente chinês reiterou que mais de 40 anos de relações bilaterais demonstraram que os interesses comuns são muito maiores que as diferenças entre as duas partes.
Li sugeriu que os dois países participem na promoção do processo de integração econômica na região da Ásia-Pacífico com espírito aberto, transparente e inclusivo.
Kerry, por sua parte, assinalou que a cooperação bilateral beneficiou ambas as nações e terá uma grande influência sobre o mundo.
O secretário de Estado estadunidense afirmou que os Estados Unidos valorizam altamente seus laços com a China e desejam realizar esforços concertados com esta nação para melhorar os mecanismos de colaboração, fortalecer a comunicação e a coordenação e, conjuntamente, enfrentar os desafios globais e os temas regionais.
Durante esta jornada, Kerry também teve audiência com o membro do Conselho de Estado Yang Jiechi, que lhe reiterou que a China está comprometida com a manutenção da paz e da estabilidade e o avanço do processo de desnuclearização da Península Coreana.
Nossa posição a respeito é consistente e clara, sublinhou Jiang, que agregou que seu governo é a favor de tratar e solucionar o problema da península através do diálogo e da consulta e por meios pacíficos.
Kerry teve audiência também com o presidente Xi Jinping e com o chanceler Wang Yi.
O presidente Xi Jinping e o secretáio de Estado dos EUA analisaram o estado das relações entre a China e os Estados Unidos e temas de interesse comum como as atuais tensões na Península Coreana.
Na opinião do líder chinês, de acordo com as versões oficiais que circularam em Pequim, estas reuniões entre as duas partes refletem a grande relevância que ambos os países atribuem a suas relações bilaterais.
Kerry é o segundo integrante do Gabinete do presidente Barack Obama que se entrevista com o novo presidente da China. O primeiro foi o secretário do Tesouro, Jacob Lew, que esteve com o novo líder chinês em março.
Para o chefe de Estado chinês, esta visita manterá o bom momento em que se encontra o desenvolvimento das relações entre a China e os Estados Unidos.
Por sua parte, Kerry disse que sem dúvidas este é um momento crucial com assuntos muito desafiadores, informou a agência noticiosa estatal Xinhua.
Precisou entre eles as tensões na Península Coreana, o programa nuclear do Irã, a situação na Síria e no Oriente Médio, e a necessidade de impulso que requerem as economias do mundo, imersas na crise financeira.
Com Prensa Latina, Xinhua e China Daily