Rússia condena terrorismo e apoio a grupos armados na Síria
O Ministério russo de Relações Exteriores condenou nesta sexta-feira (12) o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, e lamentou que na Síria círculos internacionais e regionais apliquem a política da moral dupla, sem deplorar adequadamente esta tática.
Publicado 12/04/2013 09:27

Sem uma referência explícita, a nota da chancelaria critica aos EUA e seus aliados ocidentais e no Oriente Médio pelo bloqueio, em diversos foros, a uma condenação contra atentados com explosivos que já custaram a vida de milhares de pessoas.
“A Rússia está preocupada com a possibilidade de o conflito na Síria se estender para além das suas fronteiras com o Líbano”, agrega o documento da chancelaria.
Os meios de informação russos recordaram que em novembro de 2012, em um bairro de Beirute, capital do Líbano, foi encontrada a imitação de uma carga explosiva com uma inscrição ameaçadora assinada pelo grupo opositor ao governo da Síria, Jabhat al-Nusra.
Recentemente, o chefe do braço iraquiano do grupo Al-Qaeda, Abu Bakr al-Bagdadi, afirmou que o Jabhat al-Nusra é um dos seus núcleos.
Anteriormente, o líder deste grupo, Mohamed al-Golani, confirmoupublicamente que suas forças cumprem ordens do xeique Ayman al-Zawahiri, reconhecido atualmente como o líder do grupo Al-Qaeda.
O crescente interesse sobre a Síria da organização contra a qual os EUA e seus aliados desataram uma guerra, depois de setembro de 2001, com sequestros e detenções ilegais incluídas, é de grande preocupação para Moscou, segundo a chancelaria.
A organização terrorista internacional planeja transformar Damasco (capital da Síria) na sua principal praça de armas no Oriente Médio, conclui o texto condenatório da posição de dupla moral sobre o tema por Washington e seus aliados.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, instou esta semana a terminar com o que qualificou de matança, desgraça e catástrofe para a Síria.
O presidente deu declarações à emissora de rádio e televisão alemã ARD, em que disse que os opositores armados e as forças governamentais devem se sentar à mesa de negociações e entrar em acordo sobre o futuro do país, como já proposto pelo governo sírio diversas vezes.
Putin assinalou que esse foi um dos pontos acordados na conferência de Genebra de 30 de junho de 2012, e lamentou que os parceiros ocidentais tenham se distanciado desses acordos.
O presidente recordou que pelos aeroportos próximos à fronteira síria, e citou informações do jornal The New York Times, a oposição radical obteve 3.500 toneladas de armamentos e munições.
Isso deve ser prioridade e é preciso ser eliminado das práticas na região, para lograr um cessar gradual das ações bélicas e do abastecimento de armamentos, segundo o mandatário.
Com Prensa Latina