Rússia: Só o diálogo solucionará política na Síria
A Rússia faz esforços para contribuir com uma solução política mediante o diálogo entre o governo e a oposição na Síria, baseada no comunicado de Genebra de 30 de junho de 2012, disse nesta quarta-feira (10) uma fonte diplomática.
Publicado 10/04/2013 18:49
Durante seu pronunciamento semanal, o porta-voz da Chancelaria, Alexandr Lukachevitch, informou que os países do Grupo dos Oito (G-8) debaterão a situação síria em Londres e esclareceu que o Kremlin não apoia nenhuma das partes no conflito.
Lukachevitch reiterou a condenação de Moscou aos atos de terrorismo e violência contra civis e, em particular, aqueles cometidos por ódio religioso e étnico.
Foi enfático ao advertir que a perpetuação das ações violentas poderia provocar o caos, reforçar o terrorismo internacional e afetar a segurança de estados vizinhos.
Recentemente, a Rússia deu uma contribuição de US$ 1 milhão ao fundo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para o financiamento das operações humanitárias na Síria, segundo reportagem transmitida na televisão local.
A chancelaria destacou a atividade da Cruz Vermelha no país árabe, sua imparcialidade e neutralidade com relação a todas as partes do conflito armado, em um comunicado reproduzido por vários canais televisivos.
A fonte recordou que desde o início da crise síria, em março de 2011, a Rússia apoiou os esforços do CICR para prestar ajuda humanitária à população civil afetada.
Por sua vez, o presidente Vladimir Putin pediu que seja encerrada o que qualificou como matança, desgraça e catástrofe nessa nação árabe.
Insistiu, em recentes declarações à companhia alemã de rádio e televisão ARD, que opositores armados e as forças governamentais devem sentar-se à mesa de negociações e conversar sobre o futuro da Síria.
Putin assinalou que esse foi um dos pontos pautados na conferência de Genebra e lamentou que os sócios ocidentais tenham se distanciado desses acordos.
Por outro lado, deixou claro que não existe proibição alguma para a exportação de armas russas à Síria, ao governo legítimo de Damasco.
O estadista lembrou que pelos aeroportos próximos à fronteira síria, e citou informações do jornal The New York Times, a oposição radical obteve 3,5 mil toneladas de armamentos e munições.
"É isto o que tem que acabar e é preciso conseguir um cessar paulatino das ações bélicas e do fornecimento de armamentos, concluiu o presidente.
Fonte: Prensa Latina