Governo e forças armadas alertam contra desestabilização
O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, apresentou nesta quarta-feira (10) provas de ações desestabilizadoras por setores antichavistas que incluem o desconhecimento dos resultados eleitorais e reiterou a denúncia de que há mercenários infiltrados no país.
Publicado 10/04/2013 19:33
Cabello precisou que os antichavistas têm uma “Junta Patriótica” que aposta em cenários violentos e influenciam severamente a autodenominada Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Ele denunciou que Armando Briquet, membro do comando de campanha opositor, estaria por trás deste plano. Neste sentido, apresentou e-mails que revelam intenções para desconhecer a decisão do povo em 14 de abril.
“Briquet enviou um e-mail no dia 6 de abril para Guillermo Salas, representante da EsData (uma suposta ONG que se encarrega de auditar processos eleitorais) combinando formas para sabotar o processo eleitoral”, disse.
A mensagem textual é a seguinte:
“Desminta-me Briquet que enviou este e-mail (…) Armando Briquet não comece a inventar”, afirmou Cabello, durante entrevista para o programa “Toda Venezuela”, transmitido pela estatal Venezolana de Televisión (VTV).
Também denunciou uma reunião entre o diretor do jornal abertamente opositor, El Nacional, Miguel Henrique Otero, com o candidato do antichavismo, Henrique Capriles, e Briquet “para falar do desconhecimento das eleições (…) Você estava falando em nome do movimento 2D e da Junta Patriótica”, acusou Cabello.
O também presidente da Assembleia Nacional apresentou um áudio do motorista do candidato opositor onde o trabalhador afirma que Capriles Radonski não vai aceitar os resultados eleitorais.
O presidente encarregado da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu para os venezuelanos ficarem alerta. “Alerta todo o país, todas as pessoas decentes deste país. Nós queremos paz e respeito a todas as instituições, ao povo, à soberania popular e aos direitos sociais”, expressou Maduro.
Ele manifestou que a Constituição atuará contra qualquer desestabilização e destacou a unidade que existe no país entre o povo e a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
Por sua vez o comandante estratégico da FANB, Wilmer Barrientos, defendeu a paz no país e manifestou que a vontade do povo nas urnas deverá ser respeitada. “Não permitamos que grupos anárquicos, inclusive trazidos de fora, venham semear o terror, o ódio e a violência.”
Maduro garantiu que respeitará o resultado do processo eleitoral, enquanto Capriles recusou assinar o acordo proposto pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
Da Redação do Vermelho, com agências
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