Mais de 35 mil refugiados sírios deixam Jordânia por maus tratos
Cerca de 35 mil refugiados sírios do acampamento de Zaatari, na Jordânia, retornaram ao seu país de forma voluntária para fugir das más condições de vida que padeciam ali.
Publicado 05/04/2013 16:19
De acordo com o porta-voz do Departamento de Assuntos para Refugiados sírios no Reino Hachemita, Anmar Hamoud, o número de pessoas que retornaram ao seu país desde o início da crise, há dois anos, chegou a 34.824, de acordo com informações dadas nesta sexta-feira (5) pela agência de notícias SANA.
Hamoud agregou que só ontem, mais de 2,5 mil indivíduos que permaneciam no acampamento pediram para regressar ao seu lugar de origem.
O campo de Zaatari, inaugurado em julho de 2012 a vinte de quilômetros da fronteira com Síria, é composto por cerca de 120 mil refugiados.
Nas últimas semanas aumentou o número de pessoas em retorno à Síria que habitavam o acampamento, situado numa zona desértica próxima à cidade de Mafraq, no norte de Jordânia, para onde fugiram inicialmente pela violência e ataques perpetrados contras suas moradias pelas quadrilhas armadas e mercenários.
Os desabrigados denunciam a falta de elementos essenciais para a subsistência e a carência de serviços e atenção, a aplicação de chantagens políticas e pressões psicológicas, além de maus tratos por parte da polícia jordaniana.
No início de março, um incêndio no lugar destruiu aproximadamente trinta e cinco tendas dos alojamentos, ocasião na qual expulsaram a imprensa que pretendia cobrir o fato.
Em meados de fevereiro um grupo de refugiados sírios foi reprimido com gases lacrimogêneos por forças de segurança quando protestava contra as péssimas condições de vida e de saúde às quais era submetido.
Fonte: Prensa Latina