Maduro: "Temos um povo guerreiro nas ruas e leal à história”

Em seguida à mobilização feita em Valência, no estado de Carabobo, Maduro sublinhou a participação em massa do povo nas ruas, evidenciada no apoio que tem recebido em todos os estados que percorreu desde o dia 2 de abril, quando começou a campanha.

Durante seu discurso na capital de Carabobo, Maduro disse que a luta empreendida pelo líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, valeu a pena porque hoje "temos um povo guerreiro nas ruas, um povo leal à história”.

Nesse sentido, destacou que a presença do povo nas ruas responde a uma diretriz que o comandante Chávez deixou de maneira clara em 8 de dezembro passado, para que apoiasse a candidatura de Nicolás Maduro, caso ele não pudesse seguir na presidência da República.
"O líder da Revolução Bolivariana é o espírito livre do povo venezuelano comprometido com sua obra, seu legado e seu amor que semeou em nossa alma", disse Maduro durante seu discurso.

O candidato contou que os revolucionários que visitaram o velório do comandante Chávez juraram não faltar nunca a ele. "Choraram, rezaram, deram sua benção, o beijaram e fizeram a despedida final”.

Durante o evento, o chefe estadual do Comando de Campanha Hugo Chávez, Francisco Ameliach, entregou a Maduro a bandeira da Venezuela que repousou na Sacada do Povo, no Palácio Miraflores no dia 3 de dezembro de 2006, quando Chávez ganhou a eleição presidencial com mais de 7 milhões de votos.

"Quero entregar esta bandeira a Nicolás Maduro para que neste 14 de abril a coloque na Sacada do Povo, para que juntos celebremos a imensa vitória que vamos ter", expressou.

Ao receber o estandarte, Maduro disse que todos tivessem a certeza de que em 14 de abril ele vai levá-la ao Quartel da Montanha, onde estão os restos mortais de Chávez.

Neste 5 de abril, quando se completa um mês da morte de Chávez, serão prestadas homenagens ao líder em todo o país.

Durante o discurso, Maduro também exortou a direita venezuelana a aceitar e respeitar os resultados da eleição de 14 de abril. "Senhores da direita, preparem-se para aceitar os resultados, não se retirem antes das eleições”.

A exortação de Maduro fazia referência às declarações feitas pelo secretário da denominada Mesa da Unidade, Ramón Guillermo Aveledo, que denunciou que um técnico eleitoral do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) supostamente teria acesso a uma senha que permitia entrar no sistema básico das urnas eletrônicas.

Redação do Vermelho, com AVN