Colômbia: Senadora insta os cidadãos a dar "uma chance à paz"

“É uma paz em cujas linhas gerais nada está concordado até que tudo esteja concordado, é uma conversação que se faz sob o fogo e isso gera muitas tensões”, sublinhou.

A senadora disse também ser “difícil entender que, estando em uma mesa de diálogo, haja um incremento e um escalar da guerra, tanto no jurídico e verbal como no militar e judicial”, e que “é difícil entender que estamos falando da paz em Havana e aqui de aviões, drones e bombardeiros”.

Em sua opinião são as grandes contradições e tensões que precisam ser direcionadas com cautela para que as pessoas não se desesperem nem se desestimulem.

“Temos que dar-nos o direito e a possibilidade de abraçar e proteger esse processo de quem está fazendo um proselitismo de guerra contra [o processo], com o ex-presidente Álvaro Uribe na liderança, ou o ex-presidente Andrés Pastrana”, disse Gloria. “São pessoas que lucraram com a guerra”, completou.

“A nossa responsabilidade agora é fazer a pedagogia da paz, ajudar a entender que é necessário dar-nos uma oportunidade. É preciso acabar com a guerra, com o sofrimento de tantos colombianos e apoiar-nos uns aos outros”, sublinhou.

A senadora dá grande importância à iminente marcha massiva pela paz, prevista para 9 de abril em Bogotá, para a qual é esperado um milhão de colombianos das distintas regiões do país.

Gloria instou a todos os residentes da capital a sair às ruas e abraçar o processo, dizendo às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) para não se levantarem da mesa de diálogos, “que nos permitam a todos ir criando as condições para essa paz duradoura que tanto necessitamos”, concluiu.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho