China e Rússia reforçarão cooperação em tecnologia militar
A China e a Rússia devem reforçar a cooperação em tecnologia militar. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Ministério de Defesa da China, Yang Yujun, numa entrevista coletiva realizada na última quinta-feira (28).
Publicado 01/04/2013 15:55
Durante a passagem pela Rússia, o presidente chinês Xi Jinping visitou o Ministério russo da Defesa Nacional, demonstrando a grande importância dada pelos dois países às suas relações militares. Ao falar sobre o acordo de venda de armas assinado, o porta-voz destacou que China e Rússia têm mantido boa cooperação na área militar e essa parceria deve continuar ampliando.
"As relações militares entre China e Rússia servem como um pilar para a parceria bilateral e refletem também o alto nível das suas cooperações estratégicas. Atualmente, os dois lados mantêm uma tendência saudável na cooperação militar. Com base nisso, a parceria militar será ampliada para alcançar um benefício recíproco."
Chama grande atenção da imprensa estrangeira o acordo sobre a construção de um porto em Bagamoyo, que deve ser fechado entre China e Tanzânia e pode envolver dez bilhões de dólares. Muitos analistas dizem que a China pretende criar um porto de uso civil e militar na África oriental, visando a ancoragem e abastecimento dos navios chineses. Face à essa afirmação, Yang Yujun reiterou que o projeto é uma cooperação comercial entre China e Tanzânia. Ele destacou que a especulação injustificada não faz sentido.
"Há muitos projetos de construção de porto no mundo. Reparo que, sempre que a China está envolvida, as pessoas gostam de fazer comentários irresponsáveis e relacionar com o exército do país. Tal suposição não tem nenhum sentido. De fato, conforme regra internacional, não importa quem construiu, qualquer porto pode receber e abastecer navios de guerra, caso o país autorize."
Quanto à manobra conjunta dirigida pelos Estados Unidos, o porta-voz chinês confirmou que a China está mantendo conversas estreitas com os norte-americanos. Esse exercício militar foi interpretado como sendo contra China e Rússia. A participação da China chama bastante atenção e muitos especialistas dizem que o objetivo do país é roubar segredos militares. O porta-voz afirmou:
"Temos sido informados dessas suposições dos jornais estrangeiros de que a China rouba segredos militares. Penso que este tipo de interpretação comete dois erros. Por um lado, subestimam a capacidade dos países de manterem seus segredos. Por outro, superestimam o interesse da China por esses chamados segredos."
Além disso, o porta-voz foi perguntado sobre a tensão no Mar do Sul da China, visto que o país enviou frota para o local e executou exercícios reais. Yang Yujun respondeu que a China fez patrulha nas águas sob sua jurisdição e que os outros países não necessitam reagir.
"A faca tem que ser amolada, enquanto o exército também. A missão de patrulha da frota marítima no Mar do Sul foi um treinamento de rotina. O objetivo é examinar a força da tropa e aumentar a eficácia de combate. A China possui soberania incontestável sobre as ilhas e as águas no Mar do Sul."
O porta-voz da Defesa revelou ainda que a China deve participar da conferência dos ministros de defesa da Associação das Nações do Sudeste Asiático e mais oito países, que acontecerá em junho em Brunei. Na ocasião, deve enviar tropas para uma manobra de regaste humanitário.
Fonte: Rádio Internacional da China