Terrorismo responde a ordens externas, afirma ministro sírio
O ministro sírio da Informação, Omran al-Zoubi, assegurou na última sexta-feira que o foco de atos terroristas dos grupos armados contra bairros residenciais, escolas, universidades e hospitais responde a ordens de seis patrocinadores no exterior.
Publicado 29/03/2013 19:05
Além de condenar com firmeza a violência extremista, o titular considerou que isso faz parte da escalada contra o país que teve sua mais recente demonstração na entrega da cadeira de Damasco na Liga Árabe (LA) para a Coalizão Nacional das Forças da Revolução e a Oposição (Cnfros), durante a cúpula de Doha, Catar, nesta semana.
Em entrevista à televisão estatal, Al-Zoubi disse que a aprovaçãoda entrega de armas aos mercenários, no meio de tais circunstâncias, pretende sugerir que o Estado é incapaz de proteger a população. Os terroristas procuram intimidar a população para que abandonem seus trabalhos e os lugares públicos, ao mesmo tempo em que se valem de meios de comunicação para sugerir que estão perto de atingir os objetivos de sua agressão contra a Síria, algo que não prosperará, disse.
Argumentou que o Exército Árabe Sírio está em seu melhor momento, com a moral alta e que o povo sírio acredita em suas instituições militares.
Na opinião do ministro da Informação, a letalidade dos recentes ataques reflete a covardia dos grupos irregulares, bem como o desespero dos governos do Catar e da Turquia, e de alguns serviços de inteligência árabes e ocidentais "que pretendem uma última e desesperada tentativa de desmembrar e derrocar ao Estado sírio".
Considerou também que a decisão de armar os insurgentes é ilegal, pois viola as resoluções da ONU e as normas do Direito Internacional, que proíbem a entrega de material bélico a grupos beligerantes, assim como as tentativas de mudar um governo pela força e se imiscuir em seus assuntos internos, recordou.
Opinou que a LA tem sido uma instituição oca e carente de respeito e que suas decisões fecharam as portas para solucionar a crise interna, "porque é impossível contribuir com a solução de um problema fornecendo armas, avivando a violência e enviando mercenários", disse.
O miknistro afirmou ainda que em contraposição o grupo Brics – integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-, que na sua opinião constitui um poderoso bloco político global, deve contribuir para acabar com a disputa de maneira pacífica.
Apontou por último que Damasco chamou todos os atores políticos e sociais sírios, internos e externos, para sentar na mesa de negociações, mediante um convite aberto, honesto e transparente, "ao qual não daremos marcha a ré", disse Al-Zoubi.