"Tunísia não pode ser a mesma de até então", diz Rosane Bertotti
Durante o Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML) muitos comunicadores passaram pelo prédio da Faculdade de Ciências, na Universidade El Manar, onde acontecem as atividades. No domingo (24), que passou por lá foi Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Deborah Moreira de Túnis especial para o Vermelho
Publicado 28/03/2013 18:28
Vinda do Fórum Sindical, que também aconteceu em Túnis, dias antes do Fórum Social Mundial, ela contou à Rádio Vermelho o que foi conversado no encontro de sindicalistas. "O Fórum e demais atividades paralelas não podem simplesmente passar pela Tunísia e não mudar de fato as relações sociais e a democracia do país. A Tunisia a partir de abril não pode ser a mesma de até então", concluiu a secretária de Comunicação da CUT.
Ela adiantou que os sindicalistas trocaram experiências e que os brasileiros contaram um pocuo da experiência das centrais sindicais. "Foi uma discussão sobre o espaço sindical dentro do Fórum Social Mundial, onde falamos das experiências dos sindicatos e das centrais brasileiras e que uma democracia só se constrói com um movimento social forte. E que o movimento precisa ser forte e o movimento sindical precisa ser um articulardor do movimento", explicou Rosane Bertotti.
Outro ponto bastante discutido foi o futuro do Fórum: "Para onde vai o Fórum? E as discussões que permaneceram é que precisamos resgatar a autonomia do movimento social. E também precisamos continuar fazendo debate de reflexões e encontrar pontos comuns para construir ações na prática. Não é possível tantos movimentos sociais do mundo e não tirar uma única pauta comum".
Rosene Bertotti alertou que o Fórum e as demais atividades que acontecem em Túnis não simplesmente ter um começo, meio e fim. Laços devem ser criados, novos processos de mudanças devem ser iniciados. "O Fórum não pode simplesmente passar pela tunísia e não mudar de fato nas relações sociais e na democracia do país. Por isso é fundamental o movimento se apropriar dessa discussão. A Tunísia a partir de abril não pode ser a mesma Tunísia de até então", concluiu a secretária de Comunicação da CUT.
Ouça a íntegra da entrevista: