Brics discutirá criação de instituição bancária alternativa
A 5ª Cúpula do Brics (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China, e África do Sul), que começou nesta terça-feira (26) em Durban, na África do Sul, deve formalizar a criação de uma nova instituição bancária como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A proposta é que a instituição sirva de referência para o desenvolvimento do bloco e também de países cuja economia é considerada emergente.
Publicado 26/03/2013 08:24
Inicialmente, a previsão é que o capital da nova instituição bancária seja em torno de US$ 50 bilhões, com possibilidade de abertura à participação de cada país do Brics. Todos os integrantes do bloco deverão ter direito a voto no Conselho de Administração da instituição.
A ideia é que com a criação da instituição bancária o grupo consiga mais acesso ao crédito e ter voz nas questões mundiais, principalmente nas negociações com europeus e norte-americanos. Há uma insatisfação geral no grupo em relação às instituições financeiras globais, como o FMI e Banco Mundial, além do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na cúpula, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, devem fechar o acordo sobre a criação de mecanismos de troca em moeda nacional, com o objetivo de proteger o fluxo comercial das flutuações de moedas estrangeiras, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
O acordo prevê uma quantia inicial em torno de US$ 30 bilhões – cerca de metade da troca comercial total entre os dois países, que fechou 2012 em US$ 75 bilhões. A união dos quatro países do Brics representa 40% da população mundial. As economias geram, em conjunto, 25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Depois da cúpula, a África do Sul assumirá a presidência rotativa do grupo, e em um ano será a vez do Brasil. A África do Sul foi integrada ao Brics em 2011. De acordo com a organização do evento, participarão das discussões 125 delegados da China, o mesmo número da Rússia, 74 da Índia, 60 do Brasil e 242 da África do Sul.
Fonte: Agência Brasil