Ministros latino-americanos vão à ONU em defesa das Malvinas
Nesta segunda-feira (25), ministros de vários países sul-americanos se reúnem na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, em apoio à demanda Argentina pela soberania das Ilhas Malvinas.
Publicado 25/03/2013 16:43
A nova ofensiva regional, diante das mais recentes manobras realizadas pela Grã-Bretanha para consolidar sua ocupação deste arquipélago, está liderada pelo ministro argentino de Relações Exteriores, Héctor Timerman.
Com esse objetivo também viajarão para Nova York os chanceleres de Cuba, Bruno Rodríguez, do Uruguai, Luis Almagro, e o vice-chanceler do Peru, José Beraún Aranibar.Os três representam, na mesma ordem, a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União das Nações Sul-americanas (Unasul).
O grupo será recebido, na próxima terça-feira (26), pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que em reiteradas ocasiões expressou estar a favor das negociações entre Argentina e Reino Unido sobre as Malvinas.
Referendo britânico
A contundente ação dos ministros latino-americanos ocorre após duas semanas de um referendo realizado pelas autoridades britânicas nas ilhas, que são ocupadas desde 1833, que não foi reconhecido pelos organismos regionais nem pela ONU.
A ONU está envolvida no tema das Malvinas desde 1965, quando a Assembleia Geral aprovou a resolução 2065, mediante a qual reconheceu a disputa territorial entre Argentina e Reino Unido
O problema das Ilhas Malvinas é um dos 16 casos dos chamados territórios autônomos incluídos nos trabalhos do comitê de descolonização da ONU.
Timerman e os representantes da Celac, Mercosul e Unasul se encontrarão, também na terça-feira, com o presidente do comitê especial da ONU, o embaixador equatoriano Diego Morejón, que é encarregado de examinar a situação a respeito da aplicação da Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais (resolução 1514 da Assembleia aprovada em dezembro de 1960).
Com Prensa Latina