Assange: "O ciberterrorista não sou eu, e sim Barack Obama"
O fundador do WikiLeaks Julian Assange responsabilizou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelo aumento do poder das companhias de vigilância e espionagem massiva na internet durante os recentes anos. Assange falou do tema em entrevista para a revista francesa L’Express.
Publicado 25/03/2013 11:09
“O ciberterrorista não sou eu, e sim Barack Obama, assim como o vice-presidente estadunidense, Joseph Biden. São eles os que ordenaram ataques cibernéticos contra instalações nucleares iranianas com o vírus Stuxnet, financiado e desenvolvido sob a sua supervisão”, afirmou Assange.
Stuxnet e Flame foram os dois principais vírus destrutivos que se infiltraram em computadores iranianos durante os últimos dois anos, e ambos foram neutralizados após desenvolverem no Irã programas capazes de desativá-los.
De acordo com o jornalista australiano, a Agência de Segurança Nacional dos EUA, devido ao seu poder econômico e tecnológico, é uma das maiores instituições da história, destinada a realizar operações massivas de espionagem.
Assange qualificou de “truques” as ações ilegais levadas a cabo pelas autoridades norte-americanas na internet, com pretextos falsos.
“Com o pretexto de lutar contra o tráfico de drogas, a pornografia ou a violação de direitos de autor, os políticos põem em marcha um arsenal legislativo que permite a vigilância massiva na internet. Na realidade, se trata da tentativa de manter seu controle e reduzir a liberdade”, concluiu.
Assange, que se encontra asilado desde junho passado na embaixada equatoriana em Londres, capital do Reino Unido, afirma estar sendo perseguido por Washington, pela difusão de dezenas de milhares de telegramas privados do Departamento de Estado dos EUA e de documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Por essas acusações, Assange poderia ser condenado à pena de morte ou prisão perpétua, caso fosse extraditado para os Estados Unidos.
Com HispanTV
Tradução da redação do Vermelho