Trabalhadores da BBC realizarão greve contra demissões e cortes

Às vésperas da Sexta-feira Santa, os trabalhadores devem abandonar seus postos de trabalho a partir do meio dia, o que afetará a programação do dia e do feriado.

Aprovada pela União Nacional de jornalistas (NUJ, em suas siglas em inglês) e pelo sindicato Bectu, de técnicos dos meios de comunicação, a greve se opõe ao plano de cortes aplicados pela cadeia de rádio e televisão, que inclui duas mil demissões.

Os empregados da BBC repudiaram as tentativas da patronal de criar uma fábrica de exploração moderna, afirmou o secretário geral do Bectu, Gerry Morrissey, cujos membros protestam também contra o aumento da carga horária e o ambiente de assédio que impera nas redações.

Por sua vez, a sindicalista da NUJ, Michelle Stanistreet, acusou a BBC de desconsiderar as preocupações de seus trabalhadores. Essa organização junto ao Bectu criticaram duramente o plano de cortes da direção, chamado paradoxalmente de "Qualidade primeiro".

Os trabalhadores entrarão em greve na próxima semana em uma clara mensagem à direção, de que devem escutar os empregados e enfrentar os problemas criados por seu plano de cortes mal concebido e mal aplicado, afirmou Stanistreet.

Um porta-voz do canal assegurou em um comunicado que a direção teve reuniões construtivas com os sindicatos nas últimas semanas, mas que não mudaria sua política de demissões.

Os jornalistas já protagonizaram outra greve no dia 18 de fevereiro que afetou os principais programas do canal. Já foi anunciado que nesta sexta (22) e na próxima segunda-feira (25) os trabalhadores da BBC na Escócia também levarão a cabo uma paralisação para protestar contra os cortes.

Fonte: Prensa Latina