Daniel Almeida sugere criação do Dia Nacional do Trabalho Decente
O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) apresentou nesta quarta-feira (20/03) à mesa diretora da Câmara dos Deputados, o projeto de lei que cria o Dia Nacional do Trabalho Decente, a ser comemorado em 7 de outubro. O conceito de “trabalho decente” foi introduzido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e visa garantir a todas as pessoas oportunidades de emprego produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.
Publicado 20/03/2013 19:24 | Editado 04/03/2020 16:17
“Com efeito, dia após dia, a sociedade lança, lastimavelmente, um grande contingente de concidadãos em atividades que estão longe do conceito que se tem de dignidade”, denuncia Daniel Almeida. A proposta do parlamentar em criar a data, é relembrar o Massacre de Ipatinga e fazer do dia um marco para os movimentos sindicais e sociais, em defesa da dignidade no trabalho. Para ele, este dia vai reforçar a necessidade de se resgatar os valores mais elevados dos trabalhadores.
Desde 2008, o movimento sindical em todo o mundo realiza nesta data a comemoração do Dia Mundial do Trabalho Decente, envolvendo milhões de pessoas. O movimento sindical brasileiro participa de tal iniciativa e vários governos estaduais e municipais realizam ações para marcar a relevante data. Exemplo disto é o Governo da Bahia, que, em 2009, instalou neste mesmo dia, o Comitê Gestor para o Programa Bahia do Trabalho Decente.
O Massacre de Ipatinga
Em 7 de outubro de 1963, aconteceu o chamado Massacre de Ipatinga, evento trágico no distrito de Ipatinga, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, que vitimou oito pessoas. Dados extra oficiais apontam que foram mais de três mil feridos e 33 mortos. Segundo o Jornal Em Tempo, seriam mais de 80 mortos.
Revoltados pelas más condições de trabalho e as humilhações que sofriam ao serem revistados antes de entrarem e saírem do trabalho na empresa Usiminas, os trabalhadores fizeram uma manifestação pacífica na porta da empresa. A Polícia Militar, responsável pela segurança da empresa, abriu fogo, usando metralhadoras contra os operários desarmados. Alguns operários morreram fuzilados, entre eles, uma criança no colo da mãe.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Ascom Daniel Almeida