Parlamento sírio denuncia ações de governos europeus
A Assembleia do Povo (Parlamento) denunciou as ações dos governos da França e do Reino Unido, que anunciaram sua intenção de armar os bandos mercenários que lutam para derrubar o governo.
Publicado 17/03/2013 10:13
Em cartas idênticas ao presidente do Parlamento Europeu, ao presidente da Assembleia Nacional francesa e ao presidente da Câmara dos Comuns britânica, o Legislativo condenou tais intentos, que qualificou de flagrante violação das normas da União Europeia, da Carta da ONU e do Direito Internacional.
Os parlamentares enfatizaram que estas normas e disposições legais proíbem o apoio e o patrocínio do terrorismo e exortam todos os Estados a cooperar em seu combate.
De igual forma, a Assembleia do Povo convidou os destinatários das missivas a visitar a Síria, examinar de perto a situação e entrevistar vários extremistas islâmicos que Paris e Londres pretendem armar.
As autoridades detiveram grande quantidade desses insurgentes, "os quais pertencem a diferentes nacionalidades, foram treinados e armados em países vizinhos e introduzidos no território sírio com o apoio do governo turco para estabelecer um Califado islâmico", informou o Parlamento, que recorda que muitos desses mercenários provêm da Europa, onde existem células desses grupos.
A informação se baseia em declarações de autoridades como o chanceler francês Laurent Fabius, que confirmou a presença de mais de 100 combatentes franceses na Síria, e do ministro da Fazenda do Reino Unido, que reconheceu a existência de cerca de 80 britânicos em condição semelhante.
Damasco demandou em nome do povo sírio, aos governos que buscam dar ajuda militar aos mercenários que deixem de atiçar a crise e não contribuam para um maior derramamento de sangue, enquanto advertiu que tais posturas poderiam converter em vítimas os cidadãos europeus um futuro não muito distante.
Esperamos que seus respeitáveis Conselhos levem em conta esta questão e submetam qualquer decisão neste sentido a um amplo debate pelo bem da humanidade, os interesses dos povos da região e do mundo e pelo respeito ao direito internacional e as resoluções da ONU, concluíram as cartas.
Prensa Latina