Visita de Obama eleva grau de tensão na Palestina
A visita do presidente estadunidense, Barack Obama, aos territórios ocupados palestinos só provocará mais divisões, advertiu um destacado membro do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas), Mahmud al-Zahar.
Publicado 16/03/2013 21:55
Zahar se dirigiu na sexta-feira (15) aos muçulmanos em uma mesquita no centro da Faixa de Gaza, onde confirmou que a visita que Obama prevê realizar à região só causará mais divisões, além de uma maior perda de terras e a expulsão de mais palestinos de seu país.
O membro do Hamas também acusou o mandatário norte-americano de estar envolvido nas agressões israelenses contra Gaza em 2009 e novembro de 2012.
Obama viajará na próxima quarta-feira (20) à Cisjordânia e aos territórios ocupados em uma visita de três dias de duração, em que se reunirá separadamente com autoridades israelenses e palestinas.
A visita de Obama à região provocou amplas reações entre os palestinos, incluído o grupo “Palestinos pela dignidade”, que convocou um amplo protesto nacional contra a presença de Obama nos territórios palestinos.
Igualmente, o Hamas e o Movimento da Jihad Islâmica Palestina pediram ao povo que impeça a visita de Barack Obama à mesquita de Al-Aqsa em Al-Quds (Jerusalém Leste).
A possível visita do presidente dos Estados Unidos à mesquita Al-Aqsa poderia converter-se em uma declaração de guerra contra o mundo muçulmano, segundo um representante do Hamas, Musheer al-Masri.
De igual maneira, o primeiro-ministro do governo eleito palestino, Ismail Hanie, reiterou que a viagem de Obama é considerada um obstáculo para o processo de reconciliação nacional palestina.
As negociações diretas de paz entre as autoridades palestinas e do regime de Israel foram congeladas em outubro de 2010, depois da negativa deste regime a uma moratória à construção de assentamentos ilegais na Cisjordânia e Al-Quds (Jerusalém Leste).
Hispan TV