Europa investigará detenções de palestinos em Israel
O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (14) o envio de uma missão de investigação para avaliar as circunstâncias de prisões e detenções de palestinos, incluindo mulheres e crianças, e para abrir uma "investigação imediata de forma independente, imparcial e transparente", sobre as circunstâncias da morte de Arafat Jaradat, detido pelas forças de Israel.
Publicado 15/03/2013 14:30
A decisão foi tomada por votação na noite desta quinta-feira (14), com maioria a favor de um projeto de resolução sobre a questão do prisioneiro Arafat Jaradat, de Saeir, distrito de Hebron, que morreu no final de fevereiro passado na Prisão Megido. Também foi discutida a situação dos prisioneiros palestinos em cárceres israelenses, apresentada por membros do Grupo Socialista do Parlamento Europeu.
Os membros convocaram as autoridades da ocupação israelense a abrir uma investigação imediata, de forma independente, imparcial e transparente, sobre as circunstâncias da morte do prisioneiro Jaradat e todas as demais questões relacionadas à tortura dos prisioneiros palestinos ou outros tratamentos cruéis, sanções desumanas e degradantes contra prisioneiros palestinos em prisões israelenses. A informação foi transmitida em um comunicado de imprensa do Parlamento Europeu,
Os membros também expressaram preocupação com a situação dos prisioneiros palestinos sob "detenção administrativa" (sem julgamento ou acusação, por períodos de seis meses renováveis indefinitivamente), exigindo a necessidade de acusações e julgamentos para eles, com a presença de garantias judiciais, de acordo com as normas internacionais, ou que sejam libertados imediatamente.
Os prisioneiros em greve de fome e a gravidade do estado de saúde deles também foram mencionados como motivo de preocupação, reforçando o apelo para a libertação dos membros do Conselho Legislativo Palestino (há ao menos 15 deles detidos).
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Apelaram também pela criação de inquérito do Parlamento Europeu para avaliar as circunstâncias da prisão e detenção de mulheres e crianças e o recurso à detenção administrativa para prender palestinos.
A Comissária-Geral da Palestina para a União Europeia Leila Shahid agradeceu a deputada no Parlamento Europeu, Veronica De Keyser, pelos esforços para o sucesso da decisão, após meticulosas negociações com o Partido Popular Europeu.
Ela também agradeceu a todos os blocos que votaram pela resolução como uma vitória para todos os presos.
Com Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos Palestinos e Wafa