Guatemala: Justiça nega pedido de anistia para Ríos Montt

A solicitação da anistia foi realizada por Ríos Mott em abril de 2012 ao argumentar que uma lei em 1986 concedeu um perdão geral para todos os guatemaltecos envolvidos na guerra civil. Embora foi revogada para a Reconciliação Nacional que exclui o delito de genocídio, está não pode ter efeito retroativo. 

Leia também:
Tribunal da Guatemala dará início a julgamento de ex-generais

O julgamento por genocídio está programado para a próxima terça-feira (19), a resolução da CC “tira um recurso mais” apresentado pelos militares “acusados por graves violações aos direitos humanos”, que é parte de uma “estratégia de obstrução do processo e evitar chegar em julgamento”, destacou o Centro para a Ação Legal em Direitos Humanos (Caldh).

O ditador guatemalteco, de 86 anos, será julgado pela matança de quase 800 indíos Maias Ixiles em Quiché, norte do país, durante seu mandato (1982-1983), no mais sangrento conflito armado.

Além dele, o general retirado José Rodríguez, ex-membro da cúpula castrense naquele momento, também enfrentará julgamento.

Embora Ríos Montt e Rodríguez não foram os autores materiais da matança de milhares de indígenas da etnia Maia Ixil, tiveram o conhecimento dos atos perpetrados pelas Forças Armadas entre março de 1982 e agosto de 1983, quando o primeiro era presidente de fato e o segundo era diretor da Seção de Inteligência.

Efraín Ríos Montt chegou ao poder após liderar um golpe de Estado em 1982. Durante seu governo o Exército aplicou a chamada política da “terra arrasada” sobre populações indígenas que eram acusadas de colaborar com a guerrilha esquerdista, no contexto da Guerra Fria.

Segundo exumações, a maioria das vítimas eram crianças e idosos, pessoas que pela idade não podiam empunhar armas.

Fonte: TeleSur
Tradução da Redação do Vermelho